segunda-feira, 2 de junho de 2014

PRECONCEITO AMERICANO.





«Prae Judiciu» era o termo original para a ideia de julgar por antecipação, julgar antes, que evoluiu para a ideia de prejudicar, causar dano, que já não é a mesma coisa, o mesmo que se passou com o termo prejuízo se passou com preconceito, já veremos.

Os Americanos do Norte, gente com idade mental média de nove anos, que por isto aliam à sua infantilidade as capacidades de terem a vitalidade e a entrega desta mesma criança com esta idade, o que lhes permitiu criar uma grande nação, sem dúvida. Agora que entraram para o mundo do Football, e, nesta Copa do Mundo no Brasil, irão participar, destarte tendo muitos de seus cidadãos se deslocando ao Brasil, tiveram a luminar idéia de ajudá-los face de seu pouco conhecimento do país, Brasil, a quinta economia do mundo, em que os Estados Unidos agora são a segunda, repito tiveram a idéia luminosa de elaborar uma cartilha, como manual de sobrevivência para seus cidadãos, a que chamam de "boas práticas" no sentido de eufemizar esta coletânea de sandices com a tônica no sexo, como se o Brasil fosse o que foi Cuba sob a égide americana, seu quintal de ócio e sexo. Seu parque de diversões e seu lupanar.

Na cartilha, entre outras tolices, concitam para ingerirem comida só em locais de confiança. Como saberão estas crianças grandes onde ter confiança? E o que é de confiança ou não? Os hotéis de cinco estrelas? E a Feijoada no último andar do Othon?  Quanto irão perder estes tolinhos do Brasil? O Angu do Gomes certamente....Depois dizem que bebidas só em embalagens fechadas, já lá vão perder o mate Leão e as limonadas nos copinhos, nas praias, estádios e ruas como manda a tradição... Na cartilha chegam ao primor detalhístico de excluirem textualmente a feijoada e a caipirinha. Ir ao Rio, ao Brasil brasileiro, sem comer uma boa feijoada e tomar uma caipirinha, é mehor não ir!

Não acomodados com o 'febeapa' alimentar, enveredam pelo fator segurança, no que aliás, aí, dou-lhes alguma razão para pensarem na prevenção, porque as televisões brasileiras tomaram o péssimo hábito de noticiar só besteiras, com ênfase no latrocínio e outras ocorrências criminosas comuns em qualquer lugar do mundo, como se estas ocorrências fossem uma exclusividade brasileira e que o governo devesse cair por causa de um batedor de carteiras, um punguista. Deste FEBEAPA brasileiro que resultou na preocupação geral de quem vê televisão (todo mundo bem entendido) a cartilha dá entre outras precauções: Não se hospedarem os americanos nos primeiros e sextos andares, por serem estes os mais propícios aos assaltos. Nada como as estatísticas para engendrar besteiras.... (E, já agora, nem nos décimos terceiros, motivados pelos mesmos preconceitos.)

E por fim, é claro, e como eles diriam « last but not least » SEXO! A idéia subjacente na mente de um turista que vá ao Brasil, de que o país é o apanágio da cultura do corpo, bem entendido dos prazeres do corpo, e evidentemente da prática sexual, outra atividade muito comum em todo o mundo, veja-se o aumento populacional, não se o faz, certamente, sem ele, SEXO ( Até penso que a China deve ser o país mais sexual do mundo!) porém é no Brasil que reside a mística, a excitação mental, e não só, dos viajantes, e outras categorias, que tenham suas mentes voltadas para o Brasil como local de prazer, e o é, de todos aqueles que pensam num país como símbolo hedonista. Não sabem, ou sabem, que o Brasil tem a mulher mais bonita do mundo (melting pot) mas cada vez mais, por terem alcançado meios de  vida e de entendimento, são menos sensíveis à promiscuidade. Não sabem que a impressão de fruição sexual deve-se ao fato da fruição intensa da vida, ampliada pela ótica do praísmo e do calor, com sua consequente pouca roupa, e desenvolucrada a beleza, é fato, atrai. Não sabem definitivamente que brasileiros e brasileiras têm preocupações de vária ordem e que como não têm problemas de cariz sexual social, este flui normalmente, como deve ser, sem esta vertente hipnótica que vêm todos aqueles que frequentam uma praia brasileira, resultante da beleza dos, das, circunstantes e seu despojamento com o corpo no âmbito de sua exposição, bem entendido. SEXO em primeiro lugar só mesmo nas cabeças e vontades daqueles que subalternizam o desfrutar da vida num sentido mais amplo, onde o sexo não acontece como uma coisa natural e uma complementaridade de outros sentimentos mais importantes e motivadores.

Pois bem, diz lá na cartilhinha entre muitas outras besteiras, que os 'condoms' as nossas camisinhas,  não são fiáveis. Muito cuidado! devem levar, trazer, estas de seu país de orígem, devem preservarem-se deste, e neste, país tão perigoso. Porém como têm uma impressão destorcida do Brasil, como os diversos meios para isto contribuem, desde as notícias da mídia em seu largo espectro, até as publicidades enganosas, como soem ser as publicidades, e os signos, ex-libris, idéias de marcas que se estabeleceram em torno do Brasil como símbolo de algo que não é, e que reside no desejo, e na ignorância, de quem o olha superficialmente, e ainda no comércio materializado destas idéias, como foi o exemplo da camiseta, não camisinha, 'Tshirt' camiseta comercializada pela Adidas, passo a publicidade, vendidas em todas as suas lojas nos Estados Unidos, que estampadas tinham um coração transformado em nádegas, as nossas bundas, em trazeiros, sonho de consumo de todos os cidadãos norte americanos com suas mulheres 'flats' tábuas, como nós dizemos, sem aquela componente essencial da beleza feminina que já designei em ambas as dições de nossa língua, inclusive a castiça.

«Prae conceptu» era o termo original para a idéia de ter um conceito antes, conceitualizar, definir antes mesmo de conhecer, nada mais estúpido, note-se, e nada mais preconeituoso, como usamos o termo hoje, que evoluiu desta idéia para a que temos hoje de ser superstição, coisa infundada, prejuizo. Assim como evoluiu, por exemplo, pretensão, que ninguém mais pensa na palavra como uma tensão anterior, preconceito só designa a estupidez de se julgar sem conhecer, e não é só neste sentido que o empreguei no título deste artigo.

 P.S. Excusam-se cartilhas!











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