quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Beba Coca-Cola!



                                                                                                                                               RM



E venceu a mediocridade! Mas a América é mediocre. Em contraste com uma sociedade brilhante, rica, culta, ativa, em cujas franjas se produzem os Trumps dessa vida, USA tem sua outra face, que é a que paga os Trumps dessa vida. E porque não há uma revolução? Porque não há constante instabilidade como na Europa? Porque  nos USA eles acreditam numa coisa inexistente, mas sempre possível a que chamam "The American dream", e na expectativa desse sonho americano soerão acontecer muitas coisas, e a principal delas será manter a maioria silenciosa bem silenciosa!

E foi exatamente essa maioria, que inclusive tinha vergonha de se declarar por Trump, que o elegeu. O elegeu porque acreditará firmemente que ele é um deles, "one of them'. . . Quão distantes estarão da verdade? Não importa nada, importa que se creia, e Bebam Coca-Cola.

E é isto que nos leva ao 'hard core' do artigo. Venceu uma marca, exactamente como ele geriu seus negócios desde quando se apercebeu que a marca Trump era mais importante que as empresas Trump, que aliás naquele momento estavam tecnicamente falidas, mas a marca, algo imaterial, uma ideia, um emblema, ex-libris que valia muito, e os bancos entenderam que sim, que deviam dar uma chance para que a marca salvasse as empresas e pagasse as dívidas, foi o que aconteceu. Agora a marca põe o seu proprietário no mais alto posto da nação, por vender a ideia de que qualquer um pode se alçar, que a sua raiva, o seu rosnar, como o de Trump, será ouvido, e por essa razão ele obteve os seus votos.

Venceu a falácia, não a diminuo por ser medíocre, de modo algum, pois ela é e será tão inútil e inoperante como a idêntica falácia do Sr. Obama, recheada dos mais lindos discursos que já se viram ser pronunciados por um homem a caminho, e na Casa Branca. (56% de popularidade ao término do mandato.) Num ou noutro sentido, por falta de palavras, ou por excesso delas, temos a mesma falácia.

É claro que a beleza de um discurso bem construído e a projeção (espargimento) de esperanças, aquece mais o coração do que o rosnar rancoroso de um cão raivoso, mas, agora sabemos, ambos asfaltam o caminho ao salão oval. Por acender esperanças, ou por concitar ódios,  pode-se ascender.

Por fim as minhas previsões feitas no artigo 'Bush feriu o elefante, Trump o vai enterrar', link no final do artigo, mais se confirmaram com sua vitória, porque como homem de fora do sistema, ainda que tenha carreado os Republicanos para uma estrondosa vitória eleitoral a todos os níveis, perdeu muitas cadeiras e destruiu tudo aquilo que simbolizava o partido republicano, porque ele não representa a marca republicana, ele representa a marca Trump, e é disso que se trata aqui.

No mais, à cubana, segue o chachachá: "Toma Coca-Cola! Y Paga lo que debes!"


http://hdocoutto.blogspot.pt/2016/07/bush-feriu-o-elefante-trump-o-vai.html

P.S. * Inclua-se notícia de 10/11, O Kremlim confirma contactos de Donald Trump com Putin -mentiu aos eleitores.
      ** A vitória de Trump desacredita os midia, os artistas, as sondagens e o sistema. E o Papa Francisco que o excomungou declarando que não era cristão. É obra!

OUTRA VERSÃO:

E venceu a mediocridade! Mas a América é mediocre. Em contraste com uma sociedade brilhante, rica, culta, ativa, em cujas franjas se produzem os Trumps dessa vida, os USA têm sua outra face, que é a que paga os Trumps dessa vida. E aí sua raiva e sua mediocridade. E porque não há uma revolução? Ou porque não há constante instabilidade, como na Europa? Porque  nos USA eles acreditam numa coisa inexistente, mas sempre possível, a que chamam "The American dream", e na expectativa desse sonho americano soerão acontecer muitas coisas, e a principal delas será manter a maioria silenciosa, bem silenciosa!
E foi exatamente essa maioria, que inclusive tinha vergonha de se declarar por Trump, que o elegeu. O elegeu porque acreditará firmemente que ele é um deles, "one of them'. . . Quão distantes estarão da verdade? Não importa nada, importa que se creia, e Bebam Coca-Cola.
E é isto que nos leva ao 'hard core' do artigo. Venceu uma marca, exactamente como ele geriu seus negócios, desde quando se apercebeu que a marca Trump era mais importante que as empresas Trump, que, aliás, naquele momento, estavam tecnicamente falidas, mas a marca, algo imaterial, uma ideia, um emblema, um ex-libris, era o que valia muito, e os bancos entenderam que sim, que deviam dar uma chance para que a marca salvasse as empresas, e pagasse as dívidas. E foi o que aconteceu. Agora a marca põe o seu proprietário no mais alto posto da nação, por vender a ideia de que qualquer um pode se alçar, que a sua raiva, o seu rosnar, como o de Trump, será ouvido, e, por essa razão, ele obteve os seus votos.
Venceu a falácia, não a diminuo por ser medíocre, de modo algum, pois ela é e será tão inútil e inoperante como a idêntica falácia do Sr. Obama, recheada dos mais lindos discursos que já se viu serem pronunciados por um homem a caminho, e na Casa Branca. (56% de popularidade ao término do mandato.) Num ou noutro sentido, por falta de palavras de futuro, ou por excesso delas, temos a mesma falácia. É claro que a beleza de um discurso bem construído, e a projeção (espargimento) de esperanças, aquece mais o coração do que o rosnar rancoroso de um cão raivoso, mas, agora sabemos, ambos asfaltam o caminho ao salão oval. Por acender esperanças, ou por concitar ódios,  pode-se ascender. Hitler já o tinha comprovado.
Por fim as minhas previsões feitas no artigo 'Bush feriu o elefante, Trump o vai enterrar', mais que se confirmaram com sua vitória, porque, como homem de fora do sistema, ainda que tenha carreado os Republicanos para uma estrondosa vitória eleitoral a todos os níveis, perdeu muitas cadeiras e destruiu tudo aquilo que simbolizava o partido republicano, porque ele não representa a marca republicana, ele representa a marca Trump, e é disso que se trata aqui. Mas os congressistas republicanos eleitos, temem verdadeiramente se indisporem, por qualquer forma, com o seu eleitorado, e o seu eleitorado está cheio de gente cheia de ódio, que vai empurrando a realidade na esperança de atingir o The American dream, e, como muitos finalmente o atingem, continuam a remar. Quando aparece alguém que lhes diz que sua revolta é justa, que seu ódio é certo, o adotam, e como filho dilecto.
Quando o Kremlim confirmou os contactos de Donald Trump com Putin, ficamos a saber que havia mentido aos eleitores, mas ninguém fará nada, faz parte do jogo eleitoral aceito por todos, complacentemente. E, com essa aceitação, revela-se toda a podridão de um sistema podre, que um espertalhão out-sider soube manipular, e com a exitosa manipulação é aceito e admirado, realizou o sonho americano ao mais alto nível, não importa se mentindo, enganando, falseando, corrompendo, o que importa é ter ganho. A vitória de Trump desacredita os media, os políticos, os artistas, as sondagens e o sistema. É a corrupção no ponto mais alto do que pode ser corrupção. Sem sentimentos, sem dignidade, sem compromissos com os eleitores, sem qualquer responsabilidade, sem vínculos, diz uma coisa e à seguir o seu contrário, é sem ideias e sem ideal.  Até o Papa Francisco o excomungou, declarando que não era cristão.
O poder é para si e seu grupo, para os demais, à cubana, segue o chachachá: "Toma Coca-Cola! Y Paga lo que debes!"


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