sábado, 5 de maio de 2018

Dia da Língua portuguesa e da cultura lusófona.

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MINHA LÍNGUA


Tudo quanto amarei
No mar largo escondido
Foi em ti que encontrei
Com sentido perdido

Oh minha língua
Tão pura, tão casta
Tão crua, tão gasta
Que quem dela cura
Pela ganga se arrasta
A que impura, brilha
Que do infortúnio é corte
Que sepulta, deslumbra
És vida sem morte
És luz sem penumbra
Maravilha e sorte

De tuas palavras
Compus meu ofício
E em tuas lavras
Assumi meu vício

Ao perder-me em ti
Em min me encontrei
E em cada verso reli
Sonho bom que sonhei

Que o sentindo, a senti
E sem ti o perderei
Pois bem sei que é em ti
Tudo quanto amarei.

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