terça-feira, 19 de novembro de 2019

200 anos d'El Prado.








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Quem senão ele para nos aguardar á porta? No prado florido, em sua cadeira, com seus pincéis longos, impressão detalhada, e sua paleta ainda mais florida, lá está Don Diego, também um pouco português, como a Sra. D. Maria Isabel de Bragança, Rainha de Espanha. 

No pretendido gabinete de ciências encomendado a Villanueva, o gigante neoclássico, transformado em quartel, as ruínas eram certas, D Isabel reabilitou-o, e reuniu lá todos os espanhóis das coleções reais e os das de alguns nobres que conseguiu agregar, para mostrar ao povo, para desfrute público, as obras de arte acumuladas durante séculos de sucessivos reinados.

Ligada a um rei de memória miserável, Isabel lhe daria uma aura de sensibilidade imerecida, sobretudo para quem se lembra de Aranjuez, e do que, logo depois, fez em França, enganado por Napoleão, apunhalando ao pai, outro vendido miserável, que vendeu Espanha para continuar a ser tratado como majestade num castelo em Paris. E a Madrid foi ser rei Pepe botelhas, como nunca deixará esquecer o povo espanhol.

Isabel, tão parecida fisicamente com a sobrinha, filha do irmão mais velho que será a segunda Maria dos portugueses, morre, mas deixa obra feita num trono onde as rainhas não contam muito, depois daquela de que guarda o nome, e que criou Espanha, com sua bravura, habilidade, e inteligência.

No dezenove de Novembro de 1819, abrem-se os salões do Museu, que uma vez magnífico estará obrigado a ser enriquecido sempre e cada vez mais, até se transformar no que hoje é, o incontornável museu no top 10 de todo o mundo.

Salve Isabel de Bragança, Salve Madrid, Salve El Prado!

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