terça-feira, 10 de dezembro de 2019

CHEGOU A HORA DO BLOCO.









São 230 deputados, se consegue maioria com 116 votos a favor, metade mais um, o PS tem 108, o BE 19, ou para o PS com a abstenção de 15 deputados, chegou a hora do Bloco.

Porque não de outro partido? É simples: O PCP, melhor dizendo, a CDU tem 12, o que dá folgada maioria, mas não dá para a abstenção, e os comunistas tem posições muito rígidas, e uma linha de reivindicações muito sólida, um caderno de encargos muito pesado, que vão muito além do que o PS, digo melhor, o Governo estará disposto a ceder. O bloco também, mas é mais flexível, aceitará outras medidas em troca das que não representem o confronto direto com os números do Dr. Centeno. Reservando as outras medidas para adiante, todo ano tem orçamento.

Outras adições partidárias são muito improváveis. Com qualquer outro partido qualquer,  singularmente, exceptuado o PSD, não atingem os mágicos 116. Os 79 do PPD-PSD, não deverão votar favoravelmente o Orçamento do Governo do PS. Falam em três da Madeira, para uma coligação negativa, talvez possamos dizer positiva, por ao se juntarem aos do PS, com o PAN e ainda mais um, onde a única possibilidade é Joacine, também atingiriam a maioria necessária, penso ser muito improvável, juntar numa mesma equação: traição + o dos Animais + a flutuante deputada 'do Livre'.

Com o CDS em frontal oposição, os outros dois votos dos outros dois partidos também contra, resta como única opção o Bloco. Que em podendo conseguir melhorias para o país, estará sempre aberto a negociar. (Nunca esquecendo que a aprovação do OE tem um preço, que deve ser cobrado na totalidade, e que este é o único momento em que o governo tem de barganhar.)  Resta ao governo levar essas negociações a bom porto, tudo o mais são cenários improváveis.

As cartas estão na mesa, e as posições devem ser claras, e os territórios bem demarcados. Nunca atritar, o povo quer soluções e não brigas. Negociar, negociar, e negociar, à exaustão. Colocar as coisas com equilíbrio e lucidez, esta a noção que entendeu a nova porta voz do Bloco desde a legislatura anterior, prática e lógica, na medida exata, como deve ser. Brava Catarina!

Aceita sempre o diálogo, sabendo que esse só resulta quando se materializa em propostas concretas. Tem um caderno cheio de proposta, se não passa uma, troca por outra, ou por duas menos pesadas, até chegarem ao acordo que necessita o governo para aprovar os seus números para o ano que vem. E o que mais quer o Bloco? Que introduzir essas suas propostas na medida do possível ! Propostas para um Portugal melhor. Portugal acima de tudo. Então porque é tão alijado? É tão excluído, tendo lutado como um bando de leões, leoas é mais adequado, para encontrarem seu espaço? (Que ficou do mesmo tamanho, apesar da razia do PS.) - É que o Portugal do Bloco, não é o Portugal da economia, do bem comportado Portugal que tem como prioridade se enquadrar no sistema. Não! É o Portugal das pessoas, onde as pessoas contam, e vêm em primeiro lugar. É uma pretensão tão simples, mas tão difícil de obter. Nossa brava Catarina há de repetir à exaustão suas posições, para que faça finalmente por revelar o entendimento de que o Bloco, é de esquerda, mas não é papão, e pode, e deve ser, um partido da governação.

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