sábado, 11 de setembro de 2021

Sesquicentenário de morte de Júlio Dinis.

Vagam pelas ruas da Póvoa as pupilas, sôfregas de encantamento, e Madalena Constança segue por Grijó, em Gaia, cheia de bondade. Os Pedra-branca no Porto, em folhetins das cenas da vida da cidade, lentamente conflituam-se em vários momentos não explicados, talvez por ser "meridional pelo clima" não aclimatado ainda nos sentimentos, prossegue num enlevo que se desenrola e evolui na sensibilidade, causando certo frenesi. E haverão sempre os "Serões da Província" onde será lembrado. Foi Diana Aveleda n'"Os Novelos da tia Juliana" e no "Espólio do Senhor Cipriano" numa ingeniudade muito mais que feminina que começou a desenrolar o novelo desta escrita . Os fidalgos da Casa Mourisca trazem a sombra de ser póstumo, mas não menos atrativo,os Negrões de Vilar de Corvos, o pai e os dois filhos, nos envolvem e fascinam em suas pequenas tragédias familiares. Este universo criado pelo médico romântico-realista, poeta, teatrólogo e romancista, Joaquim Guilherme Gomes Coelho, que ninguém conhece, e que nos deixa neste 1871, há 150 anos, com menos idade do que o Cristo chegou a ter, roído pela mesma doença que matara-lhe a mãe, cujas saudades não se dispersam, no reflexo de sua criatividade larga, cuja memória deve ser lembrada, imortal Júlio Dinis. Foi muito cedo, avassalado pelo mal dos poetas, tuberculoso incurável, teve sua ilustre vida literária debastada prematuramente, foi o escritor que pode na pele do médico que não pode ser, impossibilitado pela maldita doença do século, que os ares da Madeira, que procurou por duas vezes, não conseguiram debelar. Joaquim Coelho será para sempre Júlio Dinis, que aqui recordamos neste dia em que nos deixou com toda sua graça e magia no dizer, mestre da Literatura Portuguesa. Oh! Que chama-me Constança para o lanche...

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