sexta-feira, 26 de maio de 2023

NOTAS DIDASCÁLICAS

Por serem marginais, ou de pé de página, ao contrário do que possam pensar, não são de ter menoscabo por elas, são, outrossim, as mais importantes, e todo o desdém será punido. Sobre a guerra da Ucrânia. Como ficou visto, o guião de Putin, foi pro brejo. A guerra era para durar três a quatro semanas, alguns falam dias, mas isso é tolice, basta ver o tamanho da Ucrânia. Uma coisa que demonstra bem que era para ser de curta duração, é a data em que ela começou, a outra o número de veículos que fizeram a invasão, houve até engarrafamento por serem tantos. Então, em fevereiro, com os solos ainda endurecidos pelo frio do inverno, seria para terminar antes da Primavera, quando se iam transformar em imenso lamaçal, com o descongelamento. Entretano o crítico do que falhou no guião, o fator nã considerado, foi a força indômita do povo ucraniano, com que ninguém contava, muito menos o invasor. E já lá vão quinze longos meses... Sobre o "IMPACTO AMBIENTAL". Dizem os jornais, proclamam os comentadores, como se houvesse lógica nessa ideia: Impacto ambiental. Impacto? MAS QUAL IMPACTO? O ambiente é nossa vida. Certamente o que representa para um esquimó será muito diferente do que representa para um bosquímano, ou um berbere, mas todos estão adaptados ao ambiente em que vivem, não lhes causando o ambiente impacto algum. O que há são alterações do ambiente por nossa culpa, inabilitando aos povos a viverem sob a pressão que o ambiente agredido promove como resposta. Gerando um impacto indesejável para o habitante, para quem vive num ambiente que se tornou inóspito, devido a impacto humano no ambiente; e se faltar água, então: MÍSERO AMBIENTE, põem-se todos a gritar. Há um sem número de más utilizações das palavras, fruto da ignorância generalizada, mas essa de "impacto ambiental", é viciada, pois é proposta com a ideia subjacente de que o ambiente nos impacta por ser rude, e poderá ser verdade se você que viveu toda a vida na Sibéria se quiser mudar para o Cairo, ou se você agredir ao ambiente onde quer que seja onde viva, poderá receber uma má resposta ambiental, mas não culpe o ambiente por isso. A CULPA É SUA. SÓ SUA. Sobre os 'bolsonaristas' sem Bolsonaro. Vão se conhecendo os crimes do capitão Jair, seus roubos, dinheiro espalhado por toda parte, diamantes e mais diamantes, propriedades, mansão cinematográfica nos EUA, o conlúio dos filhos, etcetera, etcetera. E os fiéis, infiéis, vão se dando conta do quanto foram enganados, e fogem a sete pés das hostes 'bolsonaristas', com especial destaque para os políticos, essas enguias fugidias, escorregadias, que logo trocam de casaco, de roupa, de pele, mas sempre haverá no fim os estultos que se aferraram às propostas do capitão, digo propostas porque não são ideias, não são nada, e estes ligados a essas propostas, se irão manter, até para não darem o braço a torcer, conspícuos que são. Mas temos mui bem consagrada a expressão: Rei morto, reposto... E isso tudo ainda acaba em jaula para a maioria dos conspícuos. Sobre os bancos. Os de jardim, com alguns precisando de pintura ou alguma reparação, vão bem em sua maioria, obrigado. Já aqueles que guardam nosso dinheiro nunca se cansam de especular, na eterna jogatina financeira, e com isso se vão destruindo, tanto como destroem o dinheiro dos investidores, e, até mesmo dos depositantes, mas a tentação é grande, e o lucro fácil. Os bancos portugueses com lucros de perto de onze milhões todos os dias do ano, chova ou faça sol, seja dia útil, sábado, domingo ou feriado, o que acham pouco, e não se satisfazem, e arriscam tudo em negociatas. Recentemente, após as três enormes crises que ocorreram nas três décadas anteriores, foi a vez do Sillicon Valley, e do First Republic, nos EUA, e do Crédit Suisse, que, do dia para a noite, sem vigilância, revelaram-se inadimplentes. Rápida ação dos reguladores para estancar a miséria, e circunscrever a desgraça, talvez tenha parado a crise. Mas o fato, a nota dominante, é que os bancos, se não estiverem sob estreita vigilância, metem os pés pelas mãos. Quem os quer regular? Ninguém. O Sr. Obama falou disso, prometeu regulação, mas logo esqueceu, ou fizeram-no esquecer o assunto, assunto que não interessa regular. Como fazer afortuna de uns poucos sem a desgraça de muitos, se houver regulação bancária? Sobre os refugiados. Agora que os dias ficam cada vez mais quentes por toda Europa, vamos ver outra vez as mortes no Mediterrâneo, as imagens terríveis dos campos de concentração que estiveram fora das televisões, mas que continuaram durante o ano todo, esses anos todos, com gente a sofrer todo tipo de penúria, todo tipo de exclusão. Sendo a pior delas a de serem afastados das portas da Europa, inclusive criminosamente, como fazem os gregos, suprema vergonha humana. Assim em Samos, em Lesbos, em Souda, na ilha de Chios, em Exárchia, na Grande Synthe em França, em Idomani, em Lipe, na Bósnia, e na Turquia em dezenas de lugares, paga que é pelos europeus para reter os emigrantes em seu território, impedindo a travessia, e para onde são reencaminhados; e na Siria, na Líbia, etcetera, etcetera, etcetera... em campos onde morrem de fome, de frio, de doenças, ou se matam de desespero. E a isso, aos que se negam recebê-los, os que pagam para os reter, como também a esses países com essa gente que recolhe aos desgraçados em campos de concentração que criam, tudo junto, chamamos Humanidade. Sobre a água. Abundante, como é a vida no planeta, permitiu que essa se gerasse, permitiu tudo que há vivo na Terra, onde tudo vivo tem água. Desrespeitada, abusada e desperdiçada, vem sempre cobrar a fatura da estupidez em seu maneio. Nos próximos anos, e cada vez mais, o precioso líquido será a razão de nossas preocupações. Alterando estilos de vida, de cultivo, de hábitos alimentares e ainda outros, o que nos impedirá gosto e prazeres, das piscinas à mesa, dos campos de tênis às lavações dos automóveis, dos pátios, das casas etcetera, sobrará por cuidado a lavação do Bonfim na Bahia, que religiosa e imposta pela fé, continuará. As tropelias a que sempre sujeitamos a água, abundante e barata, acabaram. O respeito que merece, e que é devido ao líquido da vida, que esbanjamos, sujamos, malbaratamos, desperdiçamos, e menosprezamos durante toda nossa vida, vem agora apresentar a conta de nosso desatino. Pesada fatura. Quem viver, verá! Ficamos por aqui, são muitas notas, muita coisa que há que se registrar nesse mundo de meu Deus, tudo o que se passa e se diz, como há também muita coisa boa, feita por gente muito boa, não as anoto, porque isso devera ser a norma, o ponto em que deveríamos estar, mas falta muitíssima vergonha na cara para lá chegarmos.

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