sábado, 19 de julho de 2014

O Czar Putin decidirá da guerra.





Não hajam dúvidas: Ele deseja a guerra. Pudesse Putin e já haviam tropas russas em território ucraniano. No  entanto a política é mais que tudo um jogo de enganos: Há que saber simular e dissimular, há que saber fingir e fazer crer, há que saber insinuar e insinuar-se, há que dizer uma coisa e fazer outra. E a 'Real Politik' é um jogo de poder. Poder, pode-se muita coisa, no entanto depois a que se tirar as consequências, por isto antes devem-se tirar as ilações, muitas vezes por tentativas. Faz-se  isto ou aquilo para ver até onde engolem, até onde aceitam, e até onde o jogo de enganos do outro lado  realmente põe seu limite. ou seja o busílis é saber onde termina o engano e onde começa a realidade, aliás muito como quase tudo na vida.

Por enquanto Putin acredita que haveria, haverá, reação internacional contra a Rússia se ele avançar, isto pode traduzir-se em Terceira Guerra Mundial, é mesmo muito difícil saber até onde, até quando e, digamos assim  também: 'até como' se um está disposto a começar isto? Se não acreditasse haveriam tropas russas já há muito em território ucraniano, se é que não as há, mas quero dizer ostensivamente, declaradamente com fez na Xexênia, nada o impedindo de devolver à mãe Rússia este território que lhe foi retirado por Khrushchov numa noite de bebedeira. 

Porém esta sua crença não o impede de atuar no terreno dentro daquelas tentativas, avanços e recuos, para ver até onde o deixam ir, o que tem lhe permitido manter a situação na Ucrânia, sempre elevando o tom do que se passa no terreno, no entanto sem nada evidenciar. Até que se deu este erro ingrato:o avião abatido era comercial da Malasya, cheio de europeus e não um transporte militar ucraniano, o que, no entanto, causa uma indignação internacional generalizada ( que antes de mais devia causar a situação em que se mantém a Ucrânia) o que altera ligeiramente, pondo os holofotes no caso, a situação de ir reconquistando todo o espaço que puder na Ucrânia, até que retome todo o território.

Agora com os holofotes em cima a situação complica-se, e ambos os lados terão que mostrar sua determinação em começar a Terceira Guerra Mundial ( foi assim na segunda com a Polônia) para que a Ucrânia seja ou não seja russa. O problema real das intenções diplomáticas é que elas uma vez colocadas sobre a mesa, passam a ser um fator de probabilidade em vez de possibilidade, e mantendo-se a confrontação, acabam por se tornar uma inevitabilidade. é disto que se trata na questão ucraniana. Até onde irão? E sabedor disto e do altíssimo prêço a pagar, Putin permitir-se-á jogar o jogo com todas as suas possibilidades até o final. O terreno em que se movem os diversos atores é por demais arriscado parra que se posam cometer grandes erros, por isto lhes é sempre permitido puxar a corda, não direi à vontade, mas bem puxada, com força 'pero sin perder la ternura jamás' não é bem ternura mas o controle, para a situação não degenerar, porém ambos os lados vão podendo progredir porque sabem que o outro irá engolindo tudo que puder para não pagar o derradeiro preço altíssimo da Terceira Grande Guerra. Aí neste campo todas as vantagens são de Putin, porque só a ele é permitido progredir no terreno, o outro lado só pode sancionar.


Esta é a segunda fase do conflito, cuja primeira Putin ganhou. O primeiro artigo sobre esta matéria dava-lhes conta de que Putin empregara a política internacional como arma de arremesso contra a Ucrânia, o seguinte falava da evolução bélica na Ucrânia, que deixava a possibilidade de Guerra Civil para a possibilidade de uma Guerra, no terceiro lembrava a falta que nos faz haver verdadeiros líderes para resolver estes assuntos, líderes com convicção e dimensão histórica,  intitulando o artigo de: Que falta nos faz um Churchill, e por fim acentuando a postura dúbia americana, com um líder fraco e tíbio, o Sr. Obama que nunca tem prontidão em nada, o que leva a altos custos a sua tibiez, no artigo intitulado: Que se lixe a UE, e com isto estava encerrada a primeira fase do conflito, ficando entregue a si mesmo. Esse a si mesmo permitiu todo o avanço russo e a consolidação da segunda fase. Agora a queda do avião põe um ponto de interrogação na situação por mover os holofotes sobre ela, mas a segunda fase termina indubitavelmente com uma segunda vitória de Putin.

O mundo atrelado a Putin, um mundo sem vontade e parâmetros próprios, com atores fracos, com falsas determinações. Agora que se irá iniciar uma terceira fase, as expectativas são todas sobre o próximo movimento do 'tzar'. Estará ele mais ou menos disposto a, como fez na Xexênia, arriscar um conflito de maior dimensões internacionais, ou continuará dissimulando a sua guerra ucraniana com supostos agentes locais? É o que se está para ver. No entanto seu último comentário de que foi e é o governo ucraniano que toma a iniciativa, é bem demonstrativo de suas reais intenções. Como elas se manifestarão no terreno é o que estamos para ver.


















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