sexta-feira, 21 de abril de 2017

Mário Contumélias.


                                                                                            > Nem afrontas nem rapapés.<

Há gente que passa pela gente,
inesperadamente
como se não houvesse passar . . .
Gente que deixa seu sorriso,
sua alma,
seu apreço, e seu estar . . .
Assim fica esse momento,
no desalento,
quando deixam de passar.

Só soube hoje, foi no 13, deixou sua Ana, deixou sua sina, deixou sua rama, deixou a  menina, e os meandros que ele cantou. Deixou "O ofício das coisas", não mais vai ter "Conversas à Quinta-feira", nem essa, nem outras besteiras que nos entretecem a teia da existência. Deixou "Versinhos de brincar", "Uma mão cheia de histórias"que ninguém mais as saberá contar. E o Areias voltará para o deserto, lugar das areias?

Para muita gente será o escritor, o poeta, o jornalista,o Grande Reporter, o fabuloso letrista, o professor, para mim será apenas Mário, o homem que me ofereceu sua amizade tão despretensiosamente que aceitar seria quase um dever, dever de retribuição do gesto, da mão que se estendia, fosse noite, fosse dia, sua presta sensação.

Adeus Mário, até sempre!

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