terça-feira, 17 de outubro de 2017

O fogo.





O fogo é ágil
Corre, pula, salta, voa
E tudo é frágil
Os bosques e casas que despovoa

Febril atravessa montanhas
Impassível na destruição
Como fogo não sagrado
Deixando desgraças tamanhas
Matas, lavouras, gente, gado
Tudo em consumação

Aliado ao vento
Faz-se mais cruel e ligeiro
Rouba tempo e alento
Imparável mata certeiro

Retorce tudo
Tudo destrói
Não poupa velho, mulher ou criança
Rouba o futuro
Sufoca a esperança

Rastro de horror
Na miséria de sua passagem
Fica-nos o estupor
Como se fora tudo miragem.

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