quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O dono disso tudo, o marquês José Sócrates e Jorge Rosário de crimes Teixeira.




                                                                                                            Da série: Os donos disso tudo.

Nunca escrevi sobre este assunto até hoje por nunca me envolver em especulações, nem nunca me envolver em crimes. Uma posição de repúdio ao comportamento do Saloio de M... ficou no artigo com esse nome. O fiasco anunciado não veio, que seria assim como um diabo para a justiça, mas ainda mais grave porque seria um diabo cotó, um aleijão que levaria a justiça portuguesa a perder toda a credibilidade. Logo só nos resta louvar a ação efetiva e difícil de recolher dados por meio mundo, interrogar duas centenas de pessoas, estudar milhares de documentos, cruzar milhões de informações, para conseguir formatar um libelo acusatório consistente, e, que apesar da presunção de inocência, e não importando os futuros contornos do processo, do que se provará ou não, configura meu entendimento do que verdadeiramente se passou, Ricardo Salgado na expectativa de salvar o Império Espírito Santo, que devido a crise mundial, e aos investimentos gulosos que foram feitos caiu no grande logro das duas crises montadas para arrecadarem alguns bilhões aos incautos como ele, a do sub-prime e a das dívidas soberanas, num arrasto de entidades financeiras e investidores na expectativa de lucros chorudos, onde o Banco Espírito Santo se atolou, e o Dr. Ricardo Salgado fez tudo a seu alcance para tentar salvar da falência seu grupo financeiro-industrial, BES/GES, tendo tentado de tudo, feito todas as jogadas, tendo conseguido falir a PT, arrasar com a Oi e a Vivo, arrebentar sua seguradora, criar enormes rombos na Caixa Geral de Depósitos, destruir a credibilidade de todos os papéis do Grupo, etcétera, mentindo, enganando, envolvendo, corrompendo, negociando, subornando todos que pode para tentar salvar seu Império, essa a tese do Ministério Público a qual corroboro.

Admirável a obstinação da equipe de investigação, mais admirável ainda todos os indícios recolhidos, e as suas conclusões e conexões apresentadas, salvando a face de uma justiça que ficara mal anteriormente contra o mesmo José Sócrates, e que nunca ousara investigar Salgado. Numa década onde os donos disso tudo puderam pôr e dispor a seu bel prazer de recursos e poderes que lhe eram confiados, e que com a sem cerimônia dos atrevidos deles dispuseram para proveito próprio.

No Brasil dir-se-ia: NÃO TERMINOU EM PIZZA!

A grande mácula que fica empanando o Dr. Jorge Teixeira, o obstinado MP à frente das investigações, é a fuga seletiva de informações, do processo em segredo de justiça, para a imprensa. Compreendo que o transbordo de determinadas peças processuais para o conhecimento geral, criava uma facilitação na linha investigativa, permitindo desinformação, e tensão, talvez até necessárias, e indubitavelmente auxiliares, para alcançar o objetivo pretendido, como também fazia conhecer com antecipação a reação da defesa. Pode ter sido o Ticão o autor da façanha, mas isso não iliba o dr. Teixeira até que ele instaure processo crime contra quem ele apurar ter sido quem permitiu as fugas de informação. Porém elas existirem é uma atitude imperdoável por alterar as regras do jogo, incapacitar a justiça, faltar ao compromisso de retidão e decência expectável da Procuradoria, e acima de tudo por SER CRIME!

Destarte por ser o último responsável pelo processo o Dr. Jorge (Rosário de crimes) Teixeira, como será lembrado pelas sucessivas fugas de informação, violando o segredo de justiça, crimes não investigados nem apurados até a data, maculou-se mesmo alcançando um êxito tão bem conseguido.

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