quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Dias de FEL no MEL - Manuela Ferreira Leite, Carlos Carreras, meu voto, e meu veto.



                                        FEL - Como é empregado em sentido figurado.
                                        MEL - Movimento Europa e Liberdade.


Estou numa posição muito confortável para defender a Dra. Manuela Ferreira Leite, porque até a mão neguei a essa senhora, nada tenho que me possa vincular a essa dama, nem sequer um aperto de mão.

Dra. Ferreira Leite diz que prefere ver o PSD mais pequeno que vê-lo "de Direita". Isto nos leva a uma conversa minha com o Presidente da Câmara, Carlos Carreras, em sua re-eleição, que como eu afirmava que ele era e é merecedor de meu voto, porque tem feito excelente presidência em Cascais, onde vivo, e que o obstáculo para eu materialização-lo, era ele pertencer a um partido de direita, como houve essa conversa algumas vezes, e o Carreras sempre insiste que o PSD não é de direita, o que eu contesto, ficou no ar, para minha reflexão, as acertavas do presidente Carreras. Porém agora, refletindo as razões que levam o Carreras, como a Dra. Ferreira Leite, líderes do mais alto grau desse partido, não aceitarem o rótulo de direita, é o relevo, a importância, o respeito que têm a causa Social Democrata que abraçaram, e que lhes repugna as ideias, hoje tão em voga, da direita sem causas sociais, e memo com tendência pra menos, ou mesmo nenhuma democracia, experimentamos esses senhores em ação na sua última governação, vimos o que fizeram com  o país, e vimos como as figuras verdadeiramente sociais-democratas se afastaram dessa  gente que efetivamente lançou o PSD na direita, e numa direita extremada, onde permanece, apesar de todos os esforços de seu atual presidente. E o desgaste que isso tem criado, o homem nem completou um ano no cargo e parecem dez. E próceres como a Dra. Ferreira Leite e o Dr.  Pacheco Pereira, afastaram-se do partido e do poder que os anteriores detinham então, o que só lhes ficou bem. Realmente não é muito compreensível uma conversa mais próxima entre esses dois que citei, e por exemplo o Sr. Relvas, vinhos de pipas muito distintas, e com ideias da ação política muito diferenciadas, como mesmo quem não tiver muito conhecimento político pode observar e constatar facilmente.

Agora que uma figura que diz não precisar de licenças no PSD para disputar qualquer cargo no partido, o ex-deputado Luís Montenegro, que presidiu a bancada parlamentar desse partido por longo período, contrapõe-se a Dra. Manuela Ferreira Leite considerando essas suas afirmações "gravíssimas e descabidas". Ora, ora, para ele o são porque sua argumentação de poder é ter um grande partido, não importa com que rótulos, o que é a meu ver abjeto, e por isso venho defender a Dra. Ferreira Leite, coisa que nunca pensei fazer em dias de minha vida, mas como tudo anda por aí invertido, tive de ser eu, de esquerda, vir defender essa dama com a qual não concordo, a quem até neguei um aperto de mão, porque apesar de ser contra suas ideias, não posso deixar de lhe reconhecer idealismo, sobretudo quando as serpentes que rondam só têm ambição de poder com ideias que os possa conduzir a isto. Muita gentios vê todos como gatos do mesmo saco, prefiro olhar mais atentamente.

E o que é este MEL se não um grupo de pressão para estarem nas listas do PSD para as próximas eleições? O que propõe essa gente que não seja a velha retórica da extrema direita que se viu tão bem representada quando a serpente que ronda era primeiro ministro? Que ninguém se engane, o Dr. Rui Rio sobre quem escrevi a crônica intitulada Dr. Rui Rio, que assim seja. (Quem quiser ler é só pôr no motor de buscas lá em cima.) Onde afirmo que o caminho longo e fidedigno que propõe o Dr. Rui se encontra em pleno confronto com esses que tiveram o poder e se re-elegeram como os mais votados nas eleições seguintes, as últimas parlamentares, mas que um acordo de esquerda os apeou do poder, abrindo novas perspectivas, mas que a serpente em sua ronda está só a espera para dar o bote, e para o que, a renovação das candidaturas dos deputados, com fiéis de Rui Rio que se elegerão, não interessa, pois o afasta do poder. Querem o Dr. Rio só como um ocupante de meio termo, alguém para manter o lugar até a volta da serpente. É evidente o confronto interno, do qual o Dr. Santana Lopes logo se excluiu, procurando nova aliança para os caminhos do poder. Está declarado, o ex-deputado Luís Montenegro não sabe como agrupar hostes em torno de sua pessoa, formando uma quarta corrente pessedista, das que existem diretamente ou dele advinda, que está imobilizada, mantendo o fogo aceso com declarações extemporâneas e um aparição semanal na tv.    

Com maior ou menor hipocrisia, com mais ou menos presença esquizóide nas afirmações e atitudes, está lá a mesma salada de sempre, a salada que é o PSD, só que agora mais vincada, porque não têm uma figura, execranda figura, como foi o ex- presidente Cavaco Silva, que em sua gênese e manifestação, que sabia aquecer o coração desta direita execrável, abjeta, dando ao mesmo tempo espaço a essa social democracia que, tudo junto, o ajudava a ganhar eleições e conseguir maiorias, numa posição intermédia e oblíqua que se manteve por décadas. É isso o PSD. Sempre foi, o que o Dr. Rui Rio sonha, não existe. E penso que não lhes darão espaço para que possa alguma vez existir. Ainda que sem o meu voto, na expectativa de que o Dr. Rio possa alcançar uma nova forma de fazer política, mas que sempre poderão contar com meu veto para que a serpente volte.

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