sexta-feira, 7 de junho de 2019

A crise do Regime para emagrecer.








Quando o regime era de engorda, não havia crise, agora que é de emagrecer, há muita e generalizada crise.

O meu querido Prof. Marcelo meteu a pata na poça por primeira vez, enquanto presidente, porque só no entendimento da minha apreciação supra pode-se falar em crise de regime. O que nos confronta com a afirmação título, E SERÁ MESMO O REGIME DE EMAGRECER, sobre a qual podemos perguntar: Se a crise do regime é para emagrecer, ou por emagrecer, ou ainda porque faz emagrecer, haverá crise se engordar, ou é so disto que falece?

As condições das circunstâncias não podem ser levadas como prioridades, porque como circunstanciais, momentâneas que são, vão passar. Tudo passa. Devemos lembrar aqui a expressão do Barão de Itararé, a batalha que nunca houve, o admirável Aporelly no Correio da Manha (não tem til mesmo.) quando diz: "Tudo na vida é passageiro, excepto o condutor e o motorneiro." E como nesse comboio das Instituições somos todos passageiros, só há crise quando a reação de expressiva maioria é de descaso, ou de afastamento ou desconsideração, para com a coisa política. E como sabemos, não é o que se passa. Portanto não há crise alguma! Haverá, e há, alteração pronunciada das perspectivas das forças que expressam a vontade popular. Algumas por insatisfação, outras por reação absoluta à inoperância, à ineficácia das forças tradicionais, outras por moda, ou efeito de resposta momentânea a opções que vão surgindo, e ainda outras pela estupidez tacanha de alguns eleitores.

Haverá quem possa ler as diversas opções que apontei identificando um alvo muito diferente do que me motivou elencar essa e aquela força nesta ou naquela situação. Quando eu digo moda, pensando um partido x, outros pensarão y, quando falo em estupidez então cada um escolherá o que acha estúpido, será w, x, y,  ou z.  E isto é a democracia no seu melhor! Cada um e cada qual terá sua ideia, e tem o direito de defendê-la, e certamente deve ter esse direito garantido e respeitado. O mais é sofreguidão e radicalidade, que levam às indesejáveis radicalizações que se vão mudando com o tempo e as modas (chamam a isso estratégia, será?). Portanto há que ter tento na língua, e mais ainda lembrar que as escolhas do povo são soberanas.  No mais tudo transcorre como no brilhante conto de Machado de Assis intitulado "A Igreja do Diabo.".

Aos mais gordinhos devo lembrar que os regimes também podem, ou se fazem para emagrecer, e aos esquálidos famigerados, lembro que sempre lhes chegará pão a boca, que os engordará um pouco, e aos normais, a esmagadora maioria dos envolvidos, devo lembrar que as crises nos regimes podem representar mesmo fome, não a que os emagreça para terem bonitos corpos no Verão, mas a que os porão como ficaram os prisioneiro dos campos de concentração nazi: Pele e ossos.


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