O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
A Democracia na balança da Justiça.
'Uma pulga na balança, deu um pulo e foi a França.'
Parlenda folclórica brasileira.
FALTOU O PULO.
Desse ímpeto que faz mover todas as coisas, carecem os estamentos sociais e políticos de nosso tempo, pois, como que entanguidos pela estupidez imperiosa atualmente disseminada, soprados por um vento gélido, paralisassem, posto que atingidos pela falta de visão sócio-econômica, onde, prevalecendo só a parte econômica, pois apartam o social, entretanto razão única de existir do econômico, que isolado se permite as maiores crueldades e devaneios. Vivemos um tempo de falsidades e de máscaras. Dias de enganos, dias de agonia.
Não se devera buscar o pulo.
Onde o político afasta a civilidade, sua característica intrínseca, rui a civilização, assim como, com o maquiavelismo que impera, restam apenas suas espertezas, astúcias, e oportunismo, império da má-fé, onde a política, relegando sua estrutura nobre e acolhendo sua face prática, pura e dura, a dos interesses que a regem, que naturalmente esses interesses também fazem parte de seu todo, mas o todo a eles não se deve restringir, tem também de ter sua face social presente. Aí, neste estágio dos interesses tão somente, resta à Justiça o poder de atuar para manter um processo de equidade, cerne da Democracia. Porém quando a Democracia já se encontra no prato da balança da Justiça, é porque faltou, lhe foi retirado, o espaço civil ativo que lhe é mister, falindo seu exercício, uma vez que faltando civilidade não há Democracia. Eis quando temos desregulado, ou restrito, o espaço natural da Democracia, que, necessitando algum refúgio para manter-se, rompe-se e corrompe-se. E este refúgio, por mais nobre que seja, alcançado, faz-nos entrar numa anomalia, numa deformidade do tecido social, onde a Democracia, já sob ataque, fica a mercê de poderes que a querem eliminar. Como é evidente isto é feito à socapa, uma vez que se for dito às pessoas que estão atuando para lhes retirar o único poder que têm, estas, certamente, se oporiam, mas enganadas, alegando aqueles que querem defender seus Direitos, os quais, supostamente, a esse passo, teríam ficado diminuídos, ou não teriam sido sancionados, ou se supõem ameaçados por alguma contingência, de forma que os enganados alinhem-se com esses poderes, acreditando em redenção. Essa a raiz de todo golpe que busca no processo agregar poder para dar-se. Com a manipulação do econômico, vale dizer do social em reflexo, ficam criadas as condições para enfim agregarem as forças misteres.
Nem a balança, ou não.
Se esses interesses referidos, que se movimentam, alcançarem reunir forças efetivas suficientes para um golpe, então nada mais poderá ser feito, sendo que buscarão durante o proceso dispersar os elementos de civilidade, restando, se perdidos os poderes constituídos ativos, executivo e legislativo, o Judiciário como única possibilidade de resistência ao processo golpista instaurado, o da dita dura.
Tempo e circunstância.
A circunstância no tempo (num certo período temporal) bem como o tempo na circunstância (quando esta qualidade que causa ou acompanha um acontecimento num determinado período de tempo se manifesta) são determinantes da ocorrência ou não de determinado fenômeno, impossíveis de serem separadas do fenômeno. Quando o fenõmeno Democracia é submetido à circunstância de ser colocado no prato da balança da Justiça, seu último recurso, temos, nesse tempo, uma situação que só depende de sua própria eficácia, ou seja que os resultados que colha no sentido de restaurar-se, se operem, uma vez que a Democracia já estará corrompida no sentido de sua manutenção, ou, por oposição, no de afastar qualquer ameaça a sua existência já em franca desagregação.
Por toda parte.
Vivemos hoje, por toda parte, esse processo em diferentes estágios, com menor ou maior salvação, posto que o necessário resgate popular só pode se dar com um encaminhamento único, esse mesmo que lhe é negado por ser retorno à Democracia, esta mesma que pretendem suprimir.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Países Estilhaçados.
Temos um grande número de países aos pedaços, como resultado de várias ondas que fluíram e refluíram fraturando o todo social e as instituições, criando várias tendências, com ou sem representatividade partidária, mas ativas em semear antagonismos e beligerância, que se vão cada vez mais multiplicando, sem que nada as pacifique, procurando sempre assumir o poder, e desconjuntando-o.
Estilhaçam-se ou por ação externa, quando existem pressões contra a normalidade do funcionamento das instituições destes países, como por exemplo ocorreu na Ucrânia, pressão que não atingindo seu intento de transformá-la num país fantoche, a invadiu e mantém uma guerra de conquista, decepando boa parte de seu território; ou, então, outras vezes por razões internas, quando os governos não aproveitam as potencialidades do país, ou pretendem instituir autocracias, em que temos multiplos exêmplos. Ou seja: ou são estilhaçados, ou se estilhaçam a si mesmos.
Nas Conferências do Estoril, tive uma boa perspectiva de que o mundo ainda não se deu conta de que caminha para uma enorme tragédia ambiental, que vai desde as reações climáticas às agressões sofridas, até a destruição de inúmeros habitats, com a poluição disseminada, e o plástico em toda parte, passando pela libertação de muitíssimos micro-organismos, que estavam presos (no gelo, em partes dos oceanos, etcetera) e com as mudanças de temperatura que agora ocorrem, foram introduzidos, ou reintroduzem no nosso espaço de existêmcia, o que irá matar milhões, muitos milhões de pessoas, por toda o planeta. Enquanto se vão acumulando energia que subitamente se liberam, causando enorme destruição, bem como gerando uma nova estrutura social dilacerada que se vem verificando em muitos lugares ao abrigo da insuficiência, ou ao descaso, da ação governamental para dar resposta aos ampliados e diferentes problemas que vão surgindo, e também com fruto do aproveitamento político que passou a ser feito nesta situação, barganhando votos em cada caso.
Sobre esse pano de fundo, o que deveria atrair as atenções de todos para o que é verdadeiramente importante, é esquecido e relegado, sendo onde movimentam-se as sociedades dos diversos países prioritariamente preocupadas com outras realidades, e não com a avassaladora realidade ambiental que as afeta, e cada vez mais intensamente as afetará nos diversos biomas, desestruturando-os, e criando tensões e desequilíbrios absolutos e irremediáveis, posto que a destruição que provocam só será superada com reconstrução física das desgraças ocorridas. O que demandará muito tempo e recursos.
O ódio alimentado pela ignorância visando atender aos ímpetos da ganância, é a razão central destas fragmentações - dividir para governar, como se sabe - promovendo situações que demandarão anos para se recomporem, décadas para sararem, e muito mais para encontrarem bom caminho para conseguirem alguma normalidade democrática, a única possível à convivência.
FRAGMENTAÇÃO. - Retalhados, estilhaçados, demolidos.
Sem tomarmos em consideração a realidade material de destruição, decomposição social, e inexistência de recursos para algo parecido com recuperação, como no caso da Palestina e da Síria, por exemplo, as razões orgânicas que levaram à fragmentação destes inúmeros países não atingiram solução, apesar da intensa mortandade, do aniquilamento do território e do edificado (na Ucrânia, acredita-se, serão necessárias quatro década só para a desminagem)chegamos a conclusão da futilidade desse esforço, da miséria do realizado, para nada, porque nada resolveu, ao contrário, agravou o ódio e a desgraça desses povos.
VÍCIOS E VIRTUDES - herança e realidade.
Os colonizadores deixaram tudo que têm de pior enquanto tentaram implantar suas melhores capacidades - idioma bem falado, literacia, base cultural, estruturas administrativas, etc... - sendo o cerne de seu legado sua percepção das coisas, essa que distorce nossa própria reaqlidade, ainda mais a alheia. O legado de opressão e exercício da força em solos conquistados, por mais que traga consigo avanços culturais e civilizacionais, muitas vezes para povos em estado tribal, incapazes de assimilá-los em boa medida, e que se nos indagarmos: Será esta a sua expectativa de AVANÇO? Talvez nos assustemos com a resposta...
Se, como na culinária, juntarmos os diversos ingredientes para fazermos uma só receita, em vez de obtermos um bom guisado, teremos como resultado uma mixórdia amarga e desconexa, como a de um vidro que partimos, donde só restaram os cacos.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
Chavões.
AS FORÇAS.
As forças morais, as forças da Lei, as forças espirituais, as forças vivas,
As forças armadas, as forças da Natureza...
Os princípios.
Os princípios morais, os princípios legais, os princípios éticos, os princípios
filosóficos, os princípios científicos, os princípios naturais, os princípios
espirituais, os princípios religiosos, os princípios legais, os princípios
jurídicos...
Aplicabilidade.
Há mais teoría que prática, como se pode ver, ou seja, os princípios estão por toda parte, mas sua materialização em poder é muito mais eventual e exígua, assim como a relação direta entre o que se idealiza e o que acaba por existir. Também, como devem ter notado, não há princípios armados, o que significa que os princípios têm, pelo só efeito de sua força intrínseca, a manifestação de sua potência, de sua ação, desse modo os princípios são de per si a origem e a causa daquilo que regem, sem que se materializem como instituição. (As forças morais e as da Lei em Judiciário, as forças espirituais em igrejas e seitas, as armadas nos muitos ramos da defesa, etcetera) Por outro lado como Não há força da Lei sem a Lei da força que a sustenha, uma vez que a força de Lei por si só é o princípio enunciado na Lei. Quando falha a autoridade da Lei para que o princípio que defende seja suficiente como elemento de razão para sua aplicabilidade, falha todo o edifício legal, bem como o dos Princípios, podendo prevalecer o princípio jurídico sem sua aplicabilidade, mas que carecerá de outros elementos para que prevaleça como ordem, e esses elementos soem ser os da força, para que coercivamente possam fazer com que a Lei se aplique. Esta a aplicabilidade de qualquer princípio, ou seja a força que obriga sua aceitação, ainda que em abstrato. Lei e ordem são gêmeas siamesas.
Pelo só efeito.
A legislação portuguesa antiga costumava usar a fórmula: "Pelo só efeito dessa lei", o que significava que a autoridade poderosa do Princípio evocado pela Lei era suficiente para que a Lei fosse respeitada. O deboche do tempo, de sucessivos tempos, em que o respeito às Leis, sua obediência, sua aceitação mais que tudo, pudessem repercutir face a autoridade do que esta enunciava (demos como exemplo queimar a mata - será preciso outra razão, além da própria, para que se entenda que a mata não deve ser queimada?) e basta.
CHAVÃO.
Razão versus emoção. A materialização de um princípio tem duas partes: 1. o seu confronto com a sociedade, de onde resulta um realismo e 2. os meios de sua aplicabilidade, de onde resulta uma força operante. Ambas calcadas nas linhas das ideias filosóficas que as norteiam. Na verdade hoje, percorridos todos os caminhos dos princípios e das forças, muitos à exaustão, são todos banais. Mas, nem por isso acatados. Chavões banais, mas que devemos repetir e repetir sempre, porque seu entendimento, por mais generalizado que seja, e esteja, não alcançou compreensão e aceitação universal. E que só à força se fazem respeitar.
domingo, 6 de outubro de 2024
Um ano de nada.
"Hoje é o dia do teu aniversário..."
Um ano de tudo, onde tudo era impensável, impossível. Tomar um banho com aquele sabonete que me deixa com um cheirinho tão bom. Simplesmente tomar um banho. Lavar o rosto. Trocar de roupa. Molhar os lábios. Saber onde estou. Aquela camisa que gosto tanto, meu travesseiro; se faz frio aquela manta que minha mãe me deu. Ir à janela. Ver o Sol. Que Sol? O Sol no rosto. Que rosto? Um dia o vi nos cartazes na televisão. Eles viam o noticiário numa língua que não entendo, e estava lá nos cartazes na mão de uma manifestante, meu rosto. Será que eu ainda existo?
No princípio a certeza que ia logo acabar, soubemos que uns outros quantos haviam sido trocados, logo sería nossa vez. Trocariam-me e tudo voltaria a ser como dantes, poder ir na cozinha e fazer uma omelete, tomar um sumo, não aquele que gosto tanto, qualquer um. Ir a privada sozinho, sem ninguém me ver. Mas não! É só essa espera na escuridão. Quanto tempo fará? Já não sei o que é tempo.
Não sei se é dia, não sei se é noite. Se tenho fome, só me resta esperar. Se tenho dor, só esperar que passe. O pior de tudo é essa falta de noção. Não faço votos. O que é isso que vivo? Pra que é isso? E ninguém faz nada? Tudo que há é espera. Nada que seja esperança. Essa que perdemos no meio do caminho, esse caminho que fizemos, os que estamos vivos, mas que não nos levou a nenhum lugar.
Outro dia vi um blusão como um que eu tinha. Onde estará meu blusão? Onde estará minha mãe? Meu pai, minha irmãzinha? Eu tinha um namorado. Uma amiga, onde estarão? O que é que eu sou agora? Testemunho o que? Vivo o que? Espero o que?
Às vezes ele vem com a mão e toca-me, abre-me as pernas, antes, quando eu dava luta, me batiam, e outros vinham-me segurar. Já não luto mais. Já não sei o que sou. Sinto o cheiro de meu sabonete, aquele que não existe, que nunca existiu, e que mamãe comprava-me sempre. Onde andará meu sabonete? Onde andará minha mãe? O QUE TRANSFORMOU O RESPEITO E O SORRISO NESTA MISÉRIA ABSURDA?
Às vezes penso num passeio que dava. Na praia. No banho... e essa imundice no corpo que não me deixa. Mudam-nos para outro lugar, que é o mesmo. Não há luz.
Penso demasiado em coisas banais. Gostava de escrever qualquer coisa, mas não tenho como. Os poemas e a filosofia deixaram-me, penso em arroz, em dormir muito e sempre. Para sempre, talvez.
Tínhamos muitas perespectivas daquilo que desejávamos, como não desejamos mais, nem entendemos o que será desejo, NÃO TEMOS PERSPECTIVA. Nada vemos que não seja o mesmo, e o mesmo é esse nada que é tudo. Não é vazio. São inexistências.
Desde aquele dia em que estávamos no festival deixamos de existir. O que será existir? Ao menos ter vontade, poder dizer não. Querer dizer sim a tantas coisas, meu sabonete. Que sabonete? Água para lavar o rosto. Quando volto a ser eu?
Nessa expectativa reside o vazio que enche tudo, é então o NADA, que não é a mesma coisa.
Começo a entender subtilezas inimaginadas.
Nesse dia fizeram uma festa. Era um ano de nada. E com ironia nos deram: PARABÉNS.
sábado, 21 de setembro de 2024
Os 75 anos do 1984.
O famoso livro de George Orwell, cujo título é um ano, o de 1984, completou três quartos de século de sua publicação neste oito de junho, último romance do controverso autor, traz à discussão a realidade desde sempre pretendida por algum poder que governe, controlar a sociedade em nome de uma suposta 'paz social', para a qual a única resposta possível é a ação guerrilheira (uma vez que a guerrilha é a derradeira forma de reação aos instrumentos pervertidos dos poderes instituídos) portanto uma ação como tentativa de se contrapôr, resistência ativa aos meios de manipulação em que se converteu, conformou, e se consusbatanciou o Estado e seus instrumentos, manipulação a muitos e diversos níveis para controlar as pessoas, intervindo e manipulando: A informação, a linguagem, o controle do passado, a promoção do negacionismo, a guerra, a alienação de largas franjas da população, a ação psicológica, o uso de tecnologias e legislação propícias, a vigilância - individual e em massa, a mistificação da verdade, fake news, "duplipensar", 2+2=5, "crime de pensamento" e, no topo, o totalitarismo. ONDE JÁ VIMOS TUDO ISTO? Hoje, em toda parte, com maior ou menor amplitude e incidências, onde se encontram infiltrados em todos os países estes diferentes meios de domínio da sociedade, mesmo a mais instruída.
1984.
Esse ano bissexto e olímpico não teve grandes ocorrências políticas ou históricas, mas fica para a História por sua marca ficcional. Orwell escolheu uma data que se aproximava, não muito próxima, não muito distante, 35 anos adiante do tempo em que escrevia, visando demonstrar que nos encaminhavamos para uma instrumentalização social, que, com os novos e mais capazes meios tecnológicos, atingiria níveis de eficiência desconhecidos na Historia até então. E vimos isso acontecer, não em 1984, se não um pouco antes, e também depois, e sempre, e agora, em exercícios de subjugação e controle cada vez mais eficientes, até o absurdo.(Sugiro a leitura da crônica: A nota social, a cidadania e a liberdade - 31/03/2018.)
1949.
Saídas da Segunda Guerra Mundial, as pessoas aterrorizadas por tudo que se passou com a tentativa nazi de instrumentalizar o mundo, e como fizeram com os alemães, pretendem fazer os diferentes grupos de poder, só não o fazem aqueles que, obstaculizados pelas forças sociais impeditivas a tais pretenções, vêem-se obrigados a refrear suas intenções, que, com raríssimas exceções, buscam um poder maior que a Democracia lhes concede. Expor à evidência essas intensões é a reação política primeira de uma imprensa, de partidos e de uma sociedade em regime democrático. Do confronto que então se estabelece vemos caminhos e descaminhos para atingirem seus fins, desde lutas intensas de opiniões, como as que vemos nos jornais e noticiários televisivos, até encarniçadas redes sociais defendendo e contrapondo pontos de vista, tanto normais e verdadeiros, quanto mentirosos (fakes) e inventados. Passa essa confrontação por ações mais vis, onde se estabelecem ações públicas ou nas sombras - Ataque ao Capitólio, Washington; Ataque aos Três poderes, Brasília; Watergate, Washington - bem como por inúmeros golpes palacianos, tudo pretendendo asumpção de poder que não corresponde aos conferidos pela situação vigente. Orwell terá pouco de oráculo, de Nostradamus, ou advinho, mas não deixará de ter seu que de profeta, ainda que suas previsões se assentem na observação da natureza humana e suas tendências desvirtuadas, e não em poderes ocultos. Seu livro é uma transcrição ficcional dos aparelhos que se formam visando alcançar poderes qwue não têm.
"Big brother is watching you."
Nada mais eficaz que o temor generalizado. Quanto a Gestapo terá alcançado pelo simples fato de existir? As pessoas temendo comportam-se como espiões de seus vizinhos, agentes do totalitarismo, fontes copiosas de informação e delação, estabelecendo uma rede de terror e vigilância, e em miseráveis denunciadores de comportamemntos supostamente contra o regime. Pela força, pelo medo implantado, pelas ações de inteligência e espionagem, os meios que se traduzem no que chamamos genericamente de Big brother, têm comprovado sua eficiência como ação autoritária, repressiva, fascista, ditatorial, numa tradução próxima de algum modo das ações para as quais Orwell nos alerta.
2024.
O poder sempre busca uma forma de controlar, moldar e enganar a Sociedade, da forma mais restritiva que consiga, bem como da forma mais manipuladora possível, criando narrativas que induzam a crença nos valores que propagam, pouco importando se existem ou não as coisas que afirmam, buscando unicamente convencer tudo e todos de que sua ficção é a realidade. Vemos hoje essas fábulas narradas como recurso de instrumentalização por toda parte, com destaque para as redes sociais. Parece que voltamos aos tempos das quimeras mitológicas, com seus meios de assustar as crianças e controlar as populações. E tristemente verificamos que as fábulas resultam e alcançam seus propósitos, como sempre as pessoas gostam de crer em ilusões e invencionices.
Tanto no livro como na realidade, tanto outrora como hoje, estamos e creio que estaremos sempre sujeitos a essas ambições de poder inevitáveis, posto que o poder corrompe. O alerta orwelliano é uma lembrança constante que faz-se sempre necessária para que deixemos de ficar pela rama na observação e análise das ações que nos afetam.
UMA SÉRIE INIMAGINÁVEL DE COINCIDÊNCIAS OU A MAIOR DAS MENTIRAS.
A tolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão inibidas de fazer quaquer reflexão para não ofender os imbecís.
F.M. Dostoiesvski.
SABENDO O RISCO QUE CORRO, não posso me furtar a analisar o que vi.
Eu, que detesto teorias da conspiração, NÃO COMPRO ESSA DE TENTATIVA DE ASSASSINATO NA PHILADELPHIA.
O Bolsonaro contou ao Trump que depois da "facada" sua campanha ganhou novo ânimo, basta ter uma equipe de médicos confiável; isso dá ideias, mas restrinjamo-nos só aos fatos.
ANALISEMOS OS FATOS:
Por experiência própria, sei qual é o efeito de uma bala na orelha. Por mais superficial que seja o estrago que deixa é grande. A orelha do sr. Trump, vê-se claramente, foi ferida por cima ou por trás, não na parte externa por uma suposta trajetória de uma bala.
* As orelhas são muito vascularizadas, um ferimento causado por uma bala faz uma sanguera imensa, não foi o que se viu. Via-se o sange coagulado logo, como o que escorre de uma pequena ferida, mas na orelha, mesmo sendo pequeno o ferimento, esse esguicha, e demora muito a parar.
** Ele se vira no momento antes das balas, como a esperar que algo acontecesse. (Com um pequeno estilete na mão poderia ter ferido a orelha, logo a seguir olha para a mão que tinha levado à orelha, para confirmar o sangramento. Prestando atenção na filmagem, nota-se um pequeno atraso entre ele "ser ferido" e sentir a dor do ferimento, o que só o demonstra quando já está no chão, escondendo-se).
*** Se seguirem a suposta tragetória da bala, poderão notar que ela não é contínua.
TENTATIVA DE ASSASSINATO é um excelente moto de campanha.
=> O fato é que o Sr. Trump não pode perder essa eleições, porque se as perder irá para a cadeia, por vários e diversos crimes, sendo o mais grave o de tentativa de golpe de Estado. Logo fará tudo para ser eleito, para não ir para a cadeia.
CONTINUEMOS COM OS FATOS:
O atirador é republicano. Usava camiseta de seu grupo republicano. O que nos diz isto????
Os agentes do serviço secreto não reagem como estes reagiram, DESTA FORMA - dando tempo para o agredido levantar o braço, etcetera. Eles envolvem-no e desaparecem logo com ele.
Depois na porta do carro dão-lhe outra vez tempo de fazer o gesto de novo, para se vangloriar, os agentes teriam-no enfiado no automóvel e sumido com ele dali.
86 segundos.
Foi o tempo que os agentes demoraram para reagir. 86 segundos é uma eternidade em termos de reação a ataques.
Como no caso Kenedy, JFK, ao eliminarem o agressor, evitam que ele possa dizer algo, fazendo assim morrerem ali com ele quaiquer suspeitas, e a posibilidade de as esclarecer. Não tentaram prendê-lo, nem perderam tempo em tentar desarma-lo. Atiraram a matar. A 100 metros ninguém com um rifle AR 115 erra, basta dar uma rajada. NOTE: O perimetro de segurança que se estabelece habitualmente é de 350 metros -como poderia haver um sniper a 120 m? Dizem que as pessoas circulvam por ali sem nenhuma vigilância (????) E muitos avisaram aos serviços secretos e à polícia que havia alguém 'armado' em cima do telhado.
DIA SEGUINTE - FATOS:
A ORELHA ESTÁ JÁ RECUPERADA como por milagre. Não há vestígios do que teria feito uma bala, por mais superficial que fosse sua passagem, menos ainda uma que perfurasse a orelha.
Onde está a perfuração alegada?
Dias seguintes - Dúvidas:
Os serviços apresentam muitas dúvidas, desde como o homem com a arma podia estar naquele telhado tão próximo, até como os fatos se desenrolaram, buscando entender como tudo se passou. Alguns se questionam sobre como foi possível.
Só quem nunca viu um ferimento numa orelha pode acreditar no que se viu, e do modo como foi narrado.
O Presidente Biden ordenou investigação independente ao caso. Porque?
Agora irão surgir as falhas de segurança. As necessárias para que houvesse atentado.
No Brasil fala-se abertamente que foi tudo construído. - Teoria da conspiração?
E o drone? Não tem impressões digitais?
DIA 24 - Alguns dias depois aparece com a orelha 'já' recuperada. Devemos ter em atenção dois pontos: 1. A cartilagem da orelha não se recompõe, só a pele. e 2. A recomposição epitelial é muito lenta, tão mais lenta quanto a área afetada seja maior. Com a rapidez da recuperação evidenciada, fica claro que a área afetada foi muito pequena. VALE DIZER: INSIGNIFICANTE.
DIA 25 - O FBI põe em dúvida que tenha havido atentado.
As narrativas de Trump.
O homem que é o maior mentiroso que se conhece, então conta a maior mentira de todas, a de que foi agredido, uma narrativa, assim terá sua eleição garantida pela MAIOR DAS MENTIRAS. Ou não?
Muitos afirmam que teremos guerra mundial desta vez. ATENTEM: Ele joga um jogo que desconhecemos.
NOTA: Até saber (25/7) não pensewi em publicar essas minhas suspeitas, é algo muito sério se levantarmos suspeita infundada.
MAS AGORA NÃO SOU EU. É O FBI.
segunda-feira, 19 de agosto de 2024
O invisível poder do impossível.
Está sob consulta no Portal Participa, com a fantástica adesão de pouco mais de duas dezenas de cidadãos, a CONSULTA sobre o Armazém para resíduos de material nuclear ativo, de altíssima periculosidade, originados na Central Nuclear de Almaraz, do outro lado da fronteira, ao abrigo de uma convenção entre Portugal e Espanha, sob o título de NOVO ARMAZÉM TEMPORÁRIO, o que não revela o cerne da questão: Depositar em Portugal o lixo nuclear Espanhol, que na consulta designam por CI, RAA e RE.
A cidadania, que não olha para estas coisas, e que se esquece muitas vezes de perguntar o óbvio: 'Armazém para armazenar o que?', deixa passar tantas vezes coisas absurdas sem/com o escrutínio popular mister, prescrito em Lei, pela simples razão de apenas duas dezenas de pessoas olharem para o assunto, que uma vez aprovado poluirá uma porção do território nacional português, que sabemos não ser assim tão grande, por milhares de anos, corroborados por uma consulta pública que o justifica (pré-requisito mister). É incrível, mas nem a imprensa, nem as entidades de caráter popular que olham, ou deviam olhar, para essas coisas, nem o Governo da República, que devería dar publicidade à consulta para que os cidadãos votassem, tomam atenção a uma matéria que irá comprometer o território nacional por milênios, que as gerações vindouras verão diminuído, e imprestável na área atingida pelo "NOVO ARMAZÉM TEMPORÁRIO", TEMPORÁRIO para o tempo de armazenamento, mas milenar para os efeitos da radiação que permanecerão.
A CONSULTA ESTÁ ABERTA DESDE PRIMEIRO DE AGOSTO, MAS EU SÓ FUI DELA AVISADO PELO PORTAL A 18 OU 19, SENDO QUE A CONSULTA TERMINA A 12 DO MÊS QUE VEM, SETEMBRO DE 2024.
Penso que o sistema de consulta assegura uma mui minoritária participação, e que deveria ser alterado. Como ninguém se interessa por isso, vai seguindo lampeiramente sua forma modelar de consultar/sem consultar, porque o número de indivíduos envolvidos na consulta é de tal sorte pequeno, que é como se não tivesse havido consulta alguma. INVISÍVEL PODER DO IMPOSSÍVEL.
Eu, que não sou ninguém, nem português sou, tenho feito minha parte desde há muitos anos participando nas miuitas consultas do Portal, muitas delas inofensivas, ou que podem facilmente ver seu efeito retirado pelo desmonte das instalações, o que não me causou maiores preocupações, nem me instigou o dever de denunciar, MAS UM ARMAZÉM DE RESÍDUOS ATÔMICOS, QUE PERDURARÁ POR MUITAS GERAÇÕES FUTURAS, POR MILÊNIOS, me obriga a pegar da pena para denunciar uma dessas muitas coisas que são feitas na surdina, sem a devida publicidade para julgamento dos cidadãos.
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