- Dístico do governo brasileiro.
Como sabem existem três mais importantes listas dos PIBs dos países feitas por entidades diferentes,entre outras listas, onde os países são avaliados e figuram em diferentes posições e com diferentes valores, ainda que a fórmula de cálculo seja uma só. Isto se dá em razão dos dados recolhidos, para formular as diferentes listas, incluirem, em cada recolha, informações com metodologia e origens de coleta diversas, apreciações com parâmetros diferentes. Todas estas listas são de PIBs nominais, o que traz muitas distorções para a avaliação da real riqueza de um país. Não existem listas conhecidas dos PIBs reais.
Estas três listas mais conhecidas têm origem em organismos muito diferentes e, portanto, trabalhando com dados muito díspares. A primeira e mais difundida é a do Fundo Monetário Internacional, a seguinte é a do Banco Mundial que trabalha mais com os dados oficiais de cada país na sua base de dados dos indicadores de desenvolvimento mundial, e a terceira é da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos da América,que tem parâmetros desconhecidos,porém tem a lista publicada no seu 'report' 'CIA World factbook'. Veremos como as opiniões variam de organismo para organismo, fazendo alterar a posição de muitos países nos 'rankings' estabelecidos, assim como verificaremos que há muitas opiniões mal interpretadas, porque a riqueza é muito relacionada com fatôres transitórios, como a captação de investimentos externos num determinado ano ou a sua exportação de investimentos também verificada num determinado ano. Por exemplo a China em 2011 comprou a EDP à Portugal, em seu PIB está consignada a saída do capital, quase 3 bilhões de Euros, o que diminuiu o PIB chinês, numericamente representando um empobrecimento e para Portugal esta mesma quantia constará como uma entrada (quase 2% do PIB português e 0,003% do chinês) representado um enrriquecimento o que, em ambos os casos, é exatamente o oposto. Portugal ficou mais pobre e a China mais rica, mas o método de cálculo do PIB é assim, não podemos fazer nada. Assim o que temos é uma amostragem que define, num dado momento, a riqueza de cada país, como se fosse uma fotografia numa luta onde um dos lutadores possa estar apanhando uns murros, isto não quer dizer que no final ele vá perder a luta. Claro está que esta riqueza com o passar do tempo revela-se, e para países com números muito grandes estas alterações não lhes fazem a mínima diferença, entretanto para economias menores podem representar uma apreciação enganosa do que realmente está acontecendo. Por outro lado há outros fatores permanentes que alteram completamente a pespectiva da riqueza de um país, por exemplo as reservas que este possua em petróleo, ou minerais,ou ainda sua população que certamente vai alterar o PIB 'per capta', ou outros fatores históricos que são de mui difícil avaliação(riquezas externas de seus cidadãos por exemplo) tudo isto junto dá idéias e perspectivas muito alteradas da verdadeira riqueza de um determinado país, sem falar na preponderante idéia apercebida pelo govêrno brasileiro de que país rico é país sem pobres. Estabeleçamos o seguinte termo de comparação, você tem um amigo muito rico que tem entre seus 10 filhos, três mendigos, que, por ele não se importar, chegaram a esta situação. Você acha que seu amigo é mesmo rico com três filhos mendigos? Os Estados Unidos são assim : são o maior PIB do mundo e têm 28% da sua população abaixo da faixa da pobreza. Será mesmo uma nação imensamente rica? Gasta acima de suas possibilidades com um déficit crônico. Tem a maior dívida do mundo, impagável e são considerados AAA pelas agências de 'ratings'. Porque será assim? Vamos confrontar alguns dados, para pensarmos bem sobre tudo isto.
Para começar temos os super 7, ou super 8, depende da lista, que são os países com PIB superior a 2 trilhões de dólares, são economias consolidadas, o mais recente membro do grupo é o Brasil(já não o último colocado),e que entrou no grupo para não mais sair. A cabeça é os Estados Unidos, seguidos da China com cifras assustadoras, algo como 7 e 14 ou 8 e 15 trilhões de dólares, sendo que o PIB da China, há pouco mais de uma década, era menos de dez por cento deste valor de hoje, e o dos Estados Unidos era pouco mais de metade, o que significa que em pouco tempo pode haver grandes mudanças nos números, sendo entretanto raro acontecer. A China passou de estar empatada com o Brasil em 9º ou 10º lugar até 1993 para a sua vertiginosa e esperada escalada ascencional. E o Japão, que é o terceiro da lista, na mesma época era o segundo com números muito próximos dos atuais, quer dizer já era rico e manteve-se, estagnou. Os Estados Unidos se não quase dobrassem seu PIB, teriam sido ultrapassados pela China que conseguiu passar o PIB Americano de então, o que bem demonstra a capacidade norte-americana de se reinventar. O quarto da lista, a Alemanha, aumentou em 50% seu PIB neste mesmo período.O quinto, a França, fez pouco melhor, e o seguinte, antes, ou depois, do Brasil, que já esteve em 7º e voltou a 6º é o Reino Unido que bem mais que dobrou seu PIB neste período, que estamos estudando, que vai do princípio do milênio até agora, sendo o último número anual conhecido o do ano passado, como é óbvio. O Brasil quase que quintuplicou seus valores neste período, sendo a segunda grande surpresa a seguir à China, sendo, evidentemente, o esforço do Brasil em comparação com a população( em números 'per capta') o maior de todos.
Depois seguem-se nas listas a Itália, a Índia, a Rússia, o Canadá e a Espanha, em diferentes ordens consoante a lista, todos com mais de um trilhão cada, junto com outros países atingindo o número de 15, sendo o último o 'tigre asiático' Coréia do Sul. Depois, então, todos os outros países, que se contam em bilhões e milhões de dólares. E tudo isto não quer dizer absolutamente que um país seja rico, porque quando analisamos estes números em comparação com as populações, tudo muda.
'Per capta' o primeiro mais rico é o Luxemburgo ou o Liechtenstein, e nos 10 primeiros não aparecem nenhum dos 10 de maior PIB, e temos países como Noruega, Suiça, Suécia, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, países que soam mesmo à ricos e muitos são mesmo, sobretudo os que souberam distribuir sua riqueza. Os Estados Unidos com suas cifras astronômicas só voltarão a aparecer lá pelo décimo e algo lugar e mesmo a CIA considerando-os em 17º, deve saber o que faz. A Alemanha poderá ser vigésimo bem como a França (ou 19ª) colados juntos com Portugal, segundo o Banco Mundial (e juntos com Reino Unido e Espanha, dependo da lista). Podendo então Portugal, por este critério, se considerar tão rico como a França e a Alemanha.O Japão poderá vir depois, segundo a CIA. O Brasil irá pelo 54º ou 68º, na frente ou logo atrás da Argentina, dependendo da lista. A China cai de 2º mais rico para 96º ou centésimo sétimo(107º), é muita gente pra comer. Concluimos então que a riqueza é muito relativa.
Temos depois outro critério de avaliação que estabelece outra lista do PIB sob a paridade do poder de compra, que leva muito em conta o custo de vida (onde o custo-Brasil não ajuda, por exemplo) e a inflação, que corroi realidades em muitos países mais fracos. Neste critério a lista dos PIBs é a mesma para os dez primeiros, porém a Índia sobe para terceiro e a Rússia para 6º, eis a força dos BRICS, pouca inflação ou baixo custo de vida, ou ambos, dependendo do caso. É o que pode fazer países como Portugal subirem dez lugares na lista. No Brasil a inflação foi vertiginosa entre 1985 e 1994 com uma média de 764%, inimaginável, e os que se lembrem do governo de Fernando Henrique Cardoso sabem o que pode ocorrer quando há um ataque dos mercados à moeda, o PIB brasileiro que vinha subindo sustentadamente,caiu de 1998 para 99 de 844 para 586 bilhões de dólares (pagou-se o prêço da idéia de câmbio fixo de FHC e Malan) isto atrasou a ascensão brasileira 6 ou 7 anos no mínimo. Há que se ter muito cuidado.
Então permanece a pergunta :' Quem é realmente rico?', à qual se junta outra : Qual critérios devemos usar para avaliarmos esta riqueza? O que talvez seja melhor é termos todos estes critérios juntos, mais uma visão imprescindível do PIB real e da distribuição da riqueza, posto que um país rico onde há pobres, não é rico. Estará cotado como rico e pode responder às turbulências quem tem um grande PIB, daí o tríplice 'A' das agências para os Estados Unidos que administra impecavelmente sua dívida, sabedor destes critérios.Porém a riqueza inclui outros fatores. Será rico quem recebe 10 e deve 9? Ou deve 20? Ou será mais rico quem recebe 5 e deve 1? Tudo depende de por quanto tempo esta situação perdura, e o que fazem para sair dela. Se tiverem um 'déficit' a alimentar a dívida, certamente irão ficando cada vez mais pobres. E as reservas também tem de ser apreciadas, a China tem mais de um terço de todas as reservas mundiais, isto é ser rico. Os Estados Unidos tem um terço das reservas do Brasil, que é o 7º país com mais reservas, sendo os 16º, o que não lhe é muito difícil, já que emite o papel de 66% das moedas em reserva. Na situação de dívida, temo-las de duas naturezas, a externa e a pública, e devemos considerar além de contraída com que juros : No caso da dívida externa se pode ser uma jogada comercial, pois apanham emprestado para negociar e reemprestar dinheiro, como é o caso do Luxemburgo, maior devedor externo(4.636% do PIB) ou da Irlanda (1.224% com124% de dívida pública) e ainda para implementarem muitos negócios, como é o caso da Noruega(861% com 47,7% de pública ) ou Reino Unido(398% com 76,5% pública). Já a Itália (124%) é,quase toda, fruto de total desgovêrno do Estado(118% de dívida pública) ou seja praticamente todo o dinheiro que a Itália apanhou foi pra financiar o Estado italiano, por mau governo que este teve. Já o Luxemburgo, daquele astronômico número de mais de 46 vezes seu PIB, apenas 16.2% foram para o governo luxemburguês, o que dá bem uma idéia do que é ser rico e do que é ter juizo, aliás os mercados nunca emprestariam isto assim desta maneira. Quando o nível de dívida pública externa atinge percentuais próximos do PIB, todas as torneiras se fecham exceto as da expeculação, que são temerárias.A China tem 17% de seu PIB em dívida pública. O terceiro "mais rico", Japão, é o campeão da dívida pública(225,8%) temo que possa haver uma súbita sucessão de 'hara-kiris', ou já terão perdido toda a honra os políticos japoneses, já são tantos os casos num país tão rico? Há ainda muitos outros fatores, de muitas ordens (humanos, ambientais, políticos etc..etc...)
Bem como vimos há muita coisa a analisar, porque ser rico não é nada facil, manter-se então....
'Per capta' o primeiro mais rico é o Luxemburgo ou o Liechtenstein, e nos 10 primeiros não aparecem nenhum dos 10 de maior PIB, e temos países como Noruega, Suiça, Suécia, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, países que soam mesmo à ricos e muitos são mesmo, sobretudo os que souberam distribuir sua riqueza. Os Estados Unidos com suas cifras astronômicas só voltarão a aparecer lá pelo décimo e algo lugar e mesmo a CIA considerando-os em 17º, deve saber o que faz. A Alemanha poderá ser vigésimo bem como a França (ou 19ª) colados juntos com Portugal, segundo o Banco Mundial (e juntos com Reino Unido e Espanha, dependo da lista). Podendo então Portugal, por este critério, se considerar tão rico como a França e a Alemanha.O Japão poderá vir depois, segundo a CIA. O Brasil irá pelo 54º ou 68º, na frente ou logo atrás da Argentina, dependendo da lista. A China cai de 2º mais rico para 96º ou centésimo sétimo(107º), é muita gente pra comer. Concluimos então que a riqueza é muito relativa.
Temos depois outro critério de avaliação que estabelece outra lista do PIB sob a paridade do poder de compra, que leva muito em conta o custo de vida (onde o custo-Brasil não ajuda, por exemplo) e a inflação, que corroi realidades em muitos países mais fracos. Neste critério a lista dos PIBs é a mesma para os dez primeiros, porém a Índia sobe para terceiro e a Rússia para 6º, eis a força dos BRICS, pouca inflação ou baixo custo de vida, ou ambos, dependendo do caso. É o que pode fazer países como Portugal subirem dez lugares na lista. No Brasil a inflação foi vertiginosa entre 1985 e 1994 com uma média de 764%, inimaginável, e os que se lembrem do governo de Fernando Henrique Cardoso sabem o que pode ocorrer quando há um ataque dos mercados à moeda, o PIB brasileiro que vinha subindo sustentadamente,caiu de 1998 para 99 de 844 para 586 bilhões de dólares (pagou-se o prêço da idéia de câmbio fixo de FHC e Malan) isto atrasou a ascensão brasileira 6 ou 7 anos no mínimo. Há que se ter muito cuidado.
Então permanece a pergunta :' Quem é realmente rico?', à qual se junta outra : Qual critérios devemos usar para avaliarmos esta riqueza? O que talvez seja melhor é termos todos estes critérios juntos, mais uma visão imprescindível do PIB real e da distribuição da riqueza, posto que um país rico onde há pobres, não é rico. Estará cotado como rico e pode responder às turbulências quem tem um grande PIB, daí o tríplice 'A' das agências para os Estados Unidos que administra impecavelmente sua dívida, sabedor destes critérios.Porém a riqueza inclui outros fatores. Será rico quem recebe 10 e deve 9? Ou deve 20? Ou será mais rico quem recebe 5 e deve 1? Tudo depende de por quanto tempo esta situação perdura, e o que fazem para sair dela. Se tiverem um 'déficit' a alimentar a dívida, certamente irão ficando cada vez mais pobres. E as reservas também tem de ser apreciadas, a China tem mais de um terço de todas as reservas mundiais, isto é ser rico. Os Estados Unidos tem um terço das reservas do Brasil, que é o 7º país com mais reservas, sendo os 16º, o que não lhe é muito difícil, já que emite o papel de 66% das moedas em reserva. Na situação de dívida, temo-las de duas naturezas, a externa e a pública, e devemos considerar além de contraída com que juros : No caso da dívida externa se pode ser uma jogada comercial, pois apanham emprestado para negociar e reemprestar dinheiro, como é o caso do Luxemburgo, maior devedor externo(4.636% do PIB) ou da Irlanda (1.224% com124% de dívida pública) e ainda para implementarem muitos negócios, como é o caso da Noruega(861% com 47,7% de pública ) ou Reino Unido(398% com 76,5% pública). Já a Itália (124%) é,quase toda, fruto de total desgovêrno do Estado(118% de dívida pública) ou seja praticamente todo o dinheiro que a Itália apanhou foi pra financiar o Estado italiano, por mau governo que este teve. Já o Luxemburgo, daquele astronômico número de mais de 46 vezes seu PIB, apenas 16.2% foram para o governo luxemburguês, o que dá bem uma idéia do que é ser rico e do que é ter juizo, aliás os mercados nunca emprestariam isto assim desta maneira. Quando o nível de dívida pública externa atinge percentuais próximos do PIB, todas as torneiras se fecham exceto as da expeculação, que são temerárias.A China tem 17% de seu PIB em dívida pública. O terceiro "mais rico", Japão, é o campeão da dívida pública(225,8%) temo que possa haver uma súbita sucessão de 'hara-kiris', ou já terão perdido toda a honra os políticos japoneses, já são tantos os casos num país tão rico? Há ainda muitos outros fatores, de muitas ordens (humanos, ambientais, políticos etc..etc...)
Bem como vimos há muita coisa a analisar, porque ser rico não é nada facil, manter-se então....
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