quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

UMA INFAME RÁBULA DA TV!




A TVI tem uma rábula semanal que tem como objetivo selecionar dentre os acontecimentos mais marcantes da semana, alguns, para ironiza-los com uma conjugação de imagens e texto que criem supostamente algo engraçado.

Até aí nada!

O responsável pela seleção, creio ser, se não me engano no nome, um jornalista (?) chamado Victor Maia Porto, que será, estou em crer, autor dos textos, e seleccionador dos assuntos e imagens, que conjugados devem (ou deveriam) ter graça, e retratar dessa maneira as incongruências dos políticos, coisas que por exemplo o Ricardo Araújo Pereira faz de maneira brilhante, com imensa graça, com pertinência e habilidade crítica, e, ademais, sem desrespeitar ou ofender o visado.

Esta rábula, ou como quer que lhe queiram chamar, deste senhor que será jornalista, nunca teve muita graça, nem pode-se comparar com as coisas que faz o RAP, só ou acompanhado, porque a distância, próxima da que vai de uma formiga a um elefante em comparação entre suas massas corporais, ser próxima da que vai entre esse senhor e o Ricardo, nunca teve muita densidade, nunca teve o impacto de qualquer coisa que faz o RAP, como fica evidente, pois o meu caro leitor sabe exatamente quem é o Ricardo Araújo Pereira, e muito provavelmente não sabe quem é esse outro de quem estou a falar, eu mesmo não sei bem quem é, só creio ser esse o nome do autor da dita rábula, da crônica semanal dos assuntos da semana, parece que voltada para o humor, por constar do rodapé da mesma quando vai ao ar.

Também até aí nada demais!

O problema foi a última rábula feita na semana passada onde, com grande mau gosto, com requintes de inveja e despeito, e que versava contra o Presidente da República Portuguesa, o Senhor Professor Doutor  Marcelo Rebelo de Sousa, catedrático de Direito Constitucional, que por conhecer as implicações jurídicas de tudo quanto promulga na qualidade de Presidente da República, em tempo record promulgou o Orçamento de Estado deste ano, que, como naturalmente vinha acompanhando toda sua discussão no geral, bem como na especialidade, já sabia de todos os pontos, e tendo rapidamente verificado que tudo estava conforme, o promulgou em sua ânsia de contribuir para a estabilidade democrática e no sentido de trazer a Portugal a tão necessária paz institucional, rápida, pronta, eficientemente, como tem sido o empenho do Dr. Marcelo, e é apanágio de sua personalidade vincada, digna, estimulante, bem intencionada. Essa atitude no comentário semanal deste imbecil, ou parvo como preferem os portugueses, foi questionada com a indagação absurda, despropositada, inadequada, infame mesmo, de indagar: "Será que leu o orçamento?"

É inadmissível uma dúvida dessas, é absurdo que num canal de sinal aberto alguém se preste a tal indagação, que alguém levante essa questão. Além de inadmissível, absurdo, ultrajante, é, por outro lado, uma ação oposta aos esforços presidenciais para alcançar a concórdia, estimular a alta estima dos portugueses e promover a estabilidade institucional tão desejada, cuja atitude começa no bom sentir da população e segue pela confiança desta em que seu Presidente cumpre constitucionalmente seu dever, o que foi fortemente questionado e diminuído com a questão: "Será que leu o orçamento?"
Um dúvida absurda que só um imbecil poderia levantar, ainda que fosse com intentos humorísticos. E além disso fez acusações ao estilo do Presidente, que só quem o não conheça, quem jamais esteve com o Professor Marcelo, antes de ele ter sido eleito, para saber que ele é assim que esse é seu modo de ser. Que ali nada é forçado ou encenação.

Esperei esses dias para ver se a imprensa em seus vários meios denunciava o absurdo dessa atitude, se alguém entrava com o pedido de impedimento de manter-se no ar comentários desse calibre. Como não se verificou nada disso: Aqui estou eu para rejeitar essa atitude infame, para recusar-me a aceitar que uma pessoa do quilate moral do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa seja criticada, seja apontada, seja ultrajada, seja difamada por um Zé ninguém, cujo único propósito para além de seu pseudo-humorismo, será o de sua promoção pessoal, denegrindo o que de melhor saiu das urnas nos últimos tempos.

Isto posto, lembra-me a comparação feita pelo deputado Pedro Passos Coelho entre o atual e o anterior Presidente da República, achando o Dr. Marcelo igual ao dr. Cavaco. Só posso dizer tal e qual, tal e qual . . .

Alguém tem de fazer alguma coisa quanto a essas rábulas semanais!

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