quarta-feira, 15 de maio de 2019

O GRANDE PROFESSOR: A versatilidade de Marcelo.




                       Incansável, participativo, desassombrado, fraterno, são muitos os adjetivos possíveis...


Muitos comentadores diziam que o Professor não era capaz de estar quieto, e por isso era perigoso para o cargo de Presidente da República, porque para exercer a magistratura em toda a sua extensão é necessário dispor de espaço, de poder respirar com largueza, para poder condenar, se opor, criticar, e, se necessário, intervir no processo, ou crise que se apresente, posto que estando afastado, pode com mãos livres, e sem nenhum envolvimento com o ocorrido, atuar, empregando os muitos meios a seu dispor. Se tiver opinião manifesta, fica inibido em sua liberdade e potencialidade de decisão. Enganaram-se, e muito. O Professor Marcelo está pronto a fazer tudo que é necessário para o perfeito desempenho do cargo para o qual está eleito, sabendo, quando necessário, estar calado.


Fez escola, Macron, Trudeau, vão sendo, ao estilo de Marcelo, próximos da população. Mais difícil é ser infatigável como o Professor, talvez mais ainda omnipresente, um homem de causas, dá todos os dias uma aula do que é ser presidente, e, à sua maneira, também governa e evita o desgoverno, os desvios, empenhado em todos os momentos, mostra algo que nunca se viu, um presidente a tempo inteiro, muito longe do marasmo e ausências a que nos acostumaram muitos de seus antecessores, inválidos e distantes, bem postados no cargo, mas pouco presentes na vida do país, cuidando de outros assuntos que não o povo português.


"Ele comenta tudo, na hora..." já foi dito, entretanto quando é sobre ele mesmo, sobre a posição do Presidente da República, veste outra pele, e fala como o analista que é, com alguma distância e explicando o cenário. Uma senhora mais distraída perguntará: 'Ele está falando de quem?' e outra questionará: 'Mas ele não é o Presidente da República?' Ao que responderemos enfaticamente: É, é! Querendo por fim à conversa para ouvirmos o final de sua análise que enquadra bem, para todos compreenderem, o como e o porque dessa ou daquela posição, desse ou daquele rumo que tomou. 
Esclarece a população, explica tudo com simplicidade e clareza, é admirável a expressividade do Professor.

É deveras admirável a capacidade seccional do Professor Marcelo, jamais mistura as coisas, pondo cada qual no seu lugar, bem como sua capacidade seletiva, e a sua lista de prioridades, até parece que se preparou a vida inteira para ser Presidente da República, sabendo o peso, o valor, a importância de cada coisa, em cada situação, e em cada momento. E não tenham dúvidas que essa é uma capacidade muito peculiar, porque a presidência foi sempre cheia de imprevistos, e o Professor não negou fogo em nenhum dos casos, desde o que requereu entrar na boleia de um caminhão, até o em que foi necessário desaparecer por uma semana, no mais temos o nosso Professor-presidente, todos os dias onde é necessária sua presença.

Como D. João VI.


D. João VI tinha muito esse hábito de falar dele como se de outra pessoa se tratasse, assim faz muitas vezes Dr. Marcelo, na sua peroração instrutiva, explicando bem à população tudo que se está a passar, com sua calma aflita, sua prontidão bem antevista, sua análise ponderada e sua ponderação analítica, seccional como disse. E não se esqueçam que o Professor Marcelo, apesar dos maledicentes acusarem-no do contrário, tem, como D. JoãoVI, um enorme e bondoso coração, mas, como o antigo rei, não é estúpido! A Aquietar os espíritos, como fez nos fogos, desempenha seu papel mais louvável, que bem poucos saberiam desempenhar. Quantos na cadeira de presidente sairiam de Belém, para irem às casa incendiadas abraçar fraternalmente os atingidos pelo fogo?

De como usar a guilhotina.

Como todos sabemos houve uma instabilidade no processo de administração e controle do problema dos fogos para esse 2018. Nos tempos que correm não há possibilidade de se decapitar ninguém, pelo menos fisicamente, mas o professor para mostrar que poria na guilhotina o chefe de governo se a tragédia dos incêndios se repetisse, pôs-se a si mesmo no aparato de cortar pescoços, dizendo numa entrevista que não será candidato a um segundo mandato se a tragédia se repetir, o que é válido para 2019, destarte traçando uma linha vermelha bem vincada, demarcada para um governo que não continuará se falhar na defesa das populações face ao fogo. São essas pequeninas 'Vichyssoises' que serve frias, 'comme il faut', e que para quem não lhe reconhece a superioridade intelectual que tem, revertem-se em ódios e dissensões, não é, como se vê, o caso do Dr. António Costa, que apesar de uma certa interpretação surrealista, não retirou os méritos da preferência do Presidente por esta escola das artes, e foi quem afinal inaugurou o Centro Português de Surrealismo em Vila Nova de Famalicão, que homenageou Cruzeiro Seixas, e que é um apreciador das Artes plásticas em geral. Logo o aparato do Dr. Guilhotin não será utilizado, e teremos o professor num segundo mandato, como sou eu quem canta as suas futuras vitórias com ampla antecipação, como fiz no caso da presidência, 15 anos antes numa reunião em Algés, agora faço quanto ao percentual com o qual se reelegerá: SERÁ SUPERIOR A 75% DOS VOTOS VÁLIDOS.

Por fim seu trânsito.

A marcha de Marcelo, me permito essa familiaridade afetiva, sua trajetória, que vai ainda a meio, é algo muito bem pensado, é como se ele tivesse se preparado a vida toda para ser presidente, repito, e ainda bem, porque os desavisados que ocuparam o cargo só serviram para criar dificuldades ao país, e aos portugueses. Dr. Marcelo tem intencionalidade em tudo que faz, e bem sabe o que está fazendo, porque está fazendo, como está fazendo, e como deve fazer para obter o resultado pretendido, desde sua convivência com os mendigos moradores nas ruas, pois que sempre fez, porque sempre foi voluntário, onde eu o conheci em ação, até as relações bi ou multi-laterais que mantém com todos os países do planeta, sabendo como tratar cada um, e o que deve dizer em cada circunstância.

Esse é o homem que é nosso chefe de Estado, um homem muito acima da média, talhado para a função, prevenido para o cargo, com seu enorme a vontade, ciente do que é e do que faz, com quem não resiste comparação nenhum dos atuais presidentes pelo mundo fora, e apenas muitos poucos que ocuparam cargo equivalente em qualquer lugar que seja.

Muitos gostariam de ser como Marcelo. A uns faltam os bofes, têm-nos maus. A outros falta tão somente a predisposição, e falta-lhes em absoluto. Ainda a outros mais  falta o 'joy de vivre', indispensável condição de espontaneidade. Posto que todo aquele que tentar agir assim com esta naturalidade, sem que ela lhes venha das entranhas, soara tão falso que quem o vir por-se-á a correr de susto e horror.

O que o professor tem e que ninguém mais consegue ter, é alma de artista, toca sua rabeca com a expressão da verdade, porque é isso que ama fazer, e é assim que é, e se sente confortável.





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