quinta-feira, 16 de maio de 2013

E LA NAVE VA./The show must go on!

--------------------------A TOUTES LES GLOIRES DE PORTUGAL.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ São grandes e são muitas as glórias da França. Não são poucas, nem menores as de Portugal.Quando Versailles, o palácio residência do rei Sol, que o Reino de França em seu zênite construiu como morada esplendorosa, viria a se transformar,sob Luís Phillippe, em museu de História,este mandou escrever na fachada da ala de Luís XV com a ideia de reconciliar todo o passado de França numa unidade histórica de seu país:« A TOUTES LES GLOIRES DE LA FRANCE ».E assim era, ufanado-se de seu passado glorioso!-------------------------------------------------------------------------------------------------------- Em Portugal não há escrito em prédio algum uma frase ufanista, quererão alguns atribuir à conta da baixa auto-estima dos portugueses. Presentemente nesta crise européia que atingiu Portugal em cheio, esta ideia se reforça. Um país é empreendimento mais que tudo.Se seus cidadãos não tiverem a capacidade de empreender para conquistar um espaço entre as nações, este país não é nada. É tanto empreendimento fazer-se nós de corda bem feitos como fazer-se jatos supersônicos, ou qualquer outra maravilha que a tecnologia proporcione. Todas as coisas complicadíssimas e evoluidíssimas que hoje se fazem, começaram com homens lascando pedras,e cada desenvolvimento,cada gesto na História de um povo conta.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portugal, um país de gente empreendedora, vem desmontando diariamente suas empresas, o número já se conta em dezenas de milhares; cada uma delas fruto da capacidade empreendedora deste povo, jogando destarte sua força interior no chão, com o ambiente péssimo de miséria que se vai criando, e miséria aqui é o estado social indecoroso, vergonhoso, indigno que se tem criado. No entanto não cairam os Jerónimos, nem o Carmo, nem a Trindade ( O Carmo que em ruinas se mantém de pé e a Trindade que os portugueses reconstruiram no local da anterior que o terremoto lhes levou, aliás reconstruiram toda Lisboa com arte e com graça).Pois seu passado lá está edificado a lembrar-nos de sua grandeza, sem nenhuma frase ufanista visível.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Sabem, esta frase está escrita num lugar que não se vê! Está escrita no coração de cada português. Fale com eles, perguntem-lhes se se ufanam de seu país e saberão.Por isto quando muito se esfuma, muito ainda se constrói. Temos dois exemplos fortes da capacidade empreendedora deste povo: Um é um autocarro anfíbio que após recorrer o centro histórico de Lisboa, se atira ao rio para mostrar a cidade desta perspectiva. Quem conhece a História de Portugal sabe o quanto é importante a visão de sua capital desde a foz do Tejo. A ideia deste anfíbio é de um empresário português de nome Alvarez, que dando continuidade ao movimento criador e empreendedor das coisas, lá está arriscando suas economias, para dar curso, com coragem, à capacidade de empreender desta gente.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- E desta gente o outro exemplo que ficará imortal, pela época, pela grandeza, pelo desassombro, é o de Joana Vasconcelos, que, após ter ocupado Versailles, como os Prussianos em 1870, Joana com suas tropas de beleza e com o sentimento e o consentimento geral, diferentemente dos alemães de 1870, invadiu o Palácio, nada lhe subtraindo e muito lhe acrescentando. Quem teve a oportunidade de ver a portuguesita no zênite de sua glória, com a força da sua arte inundar os salões de Luís XIV, certamente terá orgulho em ser português. Não obstante e incansável em repor a tão malbaratada auto-estima lusitana, Joana vasconcelos retomando a velha ideia do Portugal marítimo, vai recolher um velho símbolo da sua capital, na ligação com outros portugais menos evidentes, como Luís Phillippe a querer reconciliar seu país, como nas duas margens de uma única e mesma História, com arte, leva o velho cacilheiro pra Venesa! E dir-se-á : « E la nave va » como se foram as naus que deram mundos ao mundo, para não dizer mais da imorredoura glória portuguesa.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Aí está que quando não se perde a coragem de empreender, um país mantém incólume sua alma, sua grandeza e seu passado,e, ademais, tem futuro em continuar a sua caminhada adiante,seguindo o curso da esperança, que é a matéria de que são feitos os sonhos.

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