terça-feira, 17 de maio de 2016

Camilo José Cela, um século.






MAZURCA PA UM MORTO.
                                                                             11/5/2016.


Teus cem anos foram bem comemorados, mesmo pelas poucas comemorações de Espanha e pelas muitas de Galiza, marcando o compasso da indignação que ainda inspiras. Bravo! Mesmo morto consegues ainda incomoda-los, que bom... Não entenderam ainda que tu fostes e que tu és Um vagabundo a serviço de Espanha, e este serviço que prestas com as bênçãos de São Camilo, não são isso nem aquilo que lá quiseram comentar, são seus rasgos de loucura, suprema ventura em seu expressar de intensa e cáustica candura que tudo soube observar com a força de uma mensagem e fervilhando como a vida em toda parte, no formigueiro, n'A colmeia, máquinas de vida, como em qualquer parte em que disseste com arte a indignação, e que fulminando os cérebros sonolentos, máquinas de morte, que não retiveram suas palavras que a boa gente soube guardar, máquinas de eternidade que te não deixarão passar. Essas nubes que pasan, não passarão de ti, que ficastes, velho timoneiro no encontro certo da palavra.  

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