O Agravamento da Síndrome de húbris.
Diz-se húbris ou hybris, o termo grego para descomedimento, e olha que os gregos entendem disto. Viu-se ultimamente que o descomedimento desta nação tem levado a Europa e a (o nome maldito) troika a enterrar lá dezenas de milhares de milhões de euros para tirá-los da bancarrota, e bancarrota é o exemplo máximo de descomedimento. Este termo gerou em latim a palavra hybrida ( que nos deu híbrido) para designar a violação das leis naturais.
Em Portugal com a saída do ministro que mais publicamente demonstrava a patologia, parece ter havido um agravamento da mesma, com o translado de seu foco insidioso a outros ministros, por contágio talvez. Temos agora que aquele lentíssimo a falar, consciente de seus super poderes, enraivecido por ter sido contrariado nas suas pretensões anti-constitucionais, vem agora inconstitucionalissimamente impor medidas de retaliação.
A falta de experiência governativa destes ministros, salvo duas ou três exceções, é, naturalmente a geratriz desta situação de arrogância, entretanto esta condição é a patologia descrita há milênios como húbris, por ser a característica da deusa Hybris que com sua insolência e falta de moderação insultava aos outros deuses e aos humanos. Pensa-se que ela era assim por ser filha de Coros, o 'daemon' do desdém. Acreditavam os antigos que a falta de moderação e o descomedimento vinham do próprio desdém, por isto foram buscar esta palavra, ao nome da deusa, nas raízes indo-europeias dos termos ut+qwein, que queria dizer peso excessivo, nada mais apropriado.
A húbris ou hybris (em grego ὕϐρις, "hýbris") é um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência (originalmente contra os deuses), que com frequência termina sendo punida. Na Antiga Grécia, aludia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio, unido à falta de controlo sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu caráter irracional e desequilibrado, e concretamente por Até (a fúria ou o orgulho). Opõe-se à sofrósina, a virtude da prudência, do bom senso e do comedimento.
Aquele a quem os deuses querem destruir, primeiro deixam-no louco. |
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