sábado, 25 de janeiro de 2014

O Presidente Marcelo.

A marca do caráter, da fraternidade, da forma de estar, do modo de ser, da estrutura mental e de procedimentos, ao longo de uma vida pública já extensa, em que lida com muita gente por Portugal fora, evidenciam um homem que, só por seus próprios méritos, transformou-se numa unanimidade nacional.  

Sim, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, com seu jeito despretencioso, com seu caráter fraterno e humano, com sua  retidão de procedimento, é alguém que se tenha muito pouco a apontar, e pela universalidade de seus conhecimentos é uma das pessoas melhor preparadas para assumir o cargo de Presidente da República. Um Presidente próximo, ativo, verdadeiro, preocupado, interessado, que nunca se eximiria das suas responsabilidades de  promover uma estabilidade para o país, promover o melhor rumo em cada momento, e ainda antevejo momentos bem complicados no futuro próximo de Portugal à braços com uma monstruosa dívida externa impagável, com o compromisso de baixar o déficit para meio ponto percentual, com a necessidade ingente de reanimar sua economia, e com a obrigação de ter uma voz na Europa para lhe garantir um espaço de progresso, invalidado pelas distorções ora existentes. Para tal é necessária uma voz corajosa e sábia, que certamente não é a voz do atual primeiro ministro.

A visão do Professor no cargo, certamente incomoda muita gente, muita gente que não deseja ver uma renovação com participação popular, gente que não deseja um Presidente que ouça as populações, ou que lhes seja próxima, com um compromisso moral e ético, mesmo com sua forma de ser e estar, a ouvir e atuar em conformidade com as pretenções e os clamores da população. Não, sempre será mais cômodo para os interesses instalados, alguém que não oiça, ou não queira ouvir, alguém que não se preocupe, mas o Professor Marcelo se preocupa e seguramente ouve tudo e tem opinião, e isto é sua característica mais incomoda: TER OPINIÃO. Ter opinião é algo que atrapalha muito as relações entre, por exemplo, um primeiro ministro e um Presidente, que pode demití-lo, não aceitando, por exemplo, que este viva de crise em crise, sem ter um projeto bem concebido  para dar um rumo ao país, que não tenha uma visão de futuro bem clara, que não disponha de objetivos e intenções bem definidos e que estes tenham a intenção de à médio e longo prazo dar um horizonte de recuperação econômica para Portugal.

De fato o Professor Marcelo na Presidência da República seria bem incomodo, seria um garante de que os interesses nacionais estariam preservados, que  não se pode brincar aos governos, que não se pode perder tempo e enveredar por rumos tortuosos, porque Ele não deixa. E o pior é que o Professor Marcelo conhece as diversas soluções, as diversas situações que podem ocorrer, tendo dedicado as últimas três décadas de sua vida a pensar o país, ponderando as diversas soluções, avaliando os diversos caminhos, conhecendo os diversos percalços, e sabendo como evitar as muitas armadilhas que existem ao longo da jornada. Sim o Professor Marcelo será um Presidente incomodo porque tem coluna vertebral, o Professor Marcelo tem opinião e nada pior que ter opinião e saber das coisas, porque assim não se deixará enredar, nunca se permitirá ficar refém de quem quer que seja, e isto, como podem perceber, pode ser muito inconveniente.

O Dr. Passos Coelho detonou a candidatura do Professor Marcelo, desenhando-lhe o perfil de indesejável, o que lhe subtrai à partida o apoio do PSD a uma eventual candidatura sua. Posto que sendo supra-partidária as candidaturas presidenciais, se estas não contarem com o apoio de seu partido de origem, sendo este apoio prestado a um outro candidato, rouba a esta candidatura muito do vigor necessário a vencer a corrida ao cargo, temos na memória bem presente o que se passou com Manuel Alegre. Sabedor disto o Dr.Passos teve logo o cuidado de  retirar a Marcelo a possibilidade de poder contar  com o apoio de seu partido, barrando-lhe, desde logo,  com bastante antecedência, e que antecedência,  a possibilidade de trabalhar o apoio de sua base natural. Prevenidamente, e crédulo de que terá um segundo mandato, e que neste não poderá contar com um Presidente Cavaco a apoiá-lo, não quer, evidentemente, um  Presidente Marcelo a obstaculizá-lo, com a precisão, ante-visão e prevenção que devemos lhe reconhecer, preparou  uma cama na qual Marcelo não se possa deitar.

Tudo isto que certamente fará as reflexões do Professor, não farão, e o tempo dirá se estou certo, com que o Professor Marcelo não se candidate, mesmo que o próprio hoje não creia ser possível ir a votos, será candidato, aliás uma candidatura que já tarda e que deveria ter ocorrido em 2006, mas conteve-se, nove anos mais novo que o candidato, nunca aceitando dividir seu eleitorado natural com duas candidaturas na mesmo área, mesmo que pudesse ganhar, não o fez  por retidão de procedimento, deixando a vez ao Dr. Silva. Desta feita o Professor Marcelo será candidato e, mais certo, será eleito. É bom que tenha havido esta antecedência inusual pela ação do Dr. Passos Coelho, porque dará tempo ao Professor de articular por outros caminhos sua inevitável candidatura. 

Porque a adjetivo de inevitável, não é por nenhuma razão que tenha a ver com as pretenções naturais e legítimas do Professor Marcelo, não, de modo algum. Poder-se-ia usar aqui uma expressão tão cara aos políticos em Portugal: O que tem que ser tem muita força! E a candidatura do Professor Marcelo tem que ser! Tem que ser porque é vontade da maioria dos portugueses vê-lo no cargo. Tem que ser porque os tempos que se avizinham requerem alguém com genica, sabedoria e boa vontade para não permitir, mais que tudo, um desvio na prioridade das prioridades de Portugal nas próximas décadas : o crescimento econômico. E crescimento econômico é algo que acontece mais por razões imateriais que por materiais, e a principal das razões imateriais é a do estímulo a um ambiente de investimento, e este só existe quando alguém faz com que se acredite que as coisas vão dar certo, que este é o caminho adequado. E entre as possibilidades de candidaturas ao cargo de Presidente, entre os possíveis candidatos só o Professor Marcelo tem esta capacidade. E onde se juntam necessidade e vontade, a necessidade do país ter alguém que os motive, e a vontade que o povo tem de ver o Professor lá.  Pois onde se juntam vontade e necessidade, por maiores que sejam os obstáculos que se lhe anteponham, esta combinação fatal leva a bom porto o que se deseja e necessita. 

Saibam todos que Portugal quer o Professor Marcelo Presidente, que Portugal precisa nos tempos próximos do Professor Marcelo Presidente, e que contra todas as oposições que se lhe venham obstaculizar a candidatura, a necessidade e a vontade juntas, pela força que tem este binômio, levará a que Portugal tenha o Professor Marcelo Presidente!

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