terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Toda praxe é estúpida III, a votação.

Está ocorrendo na net uma votação à pergunta: " Acha que as praxes acadêmicas deviam acabar?"  e que aparece, por exemplo a quem vá ao facebook,  numa caixa ao lado que, quem tiver vontade de votar acessa, e lá pode consignar seu voto ao sim ou não como resposta desta pergunta que lá está formulada.

No momento em que escrevo este já votaram 3.740 pessoas ( três vezes o número necessário a uma pesquisa de opinião em Portugal) onde a sua esmagadora maioria é à favor das praxes, estando o sim com 23,12% dos votos, evidentemente tendo o não 76,88%, o que mostra bem que a estupidez é defendida e propalada por uma maioria superior a 3/4 partes da população. Fato que para mim não traz nenhuma estranheza pois desde os meus oito anos que concluí que faço parte de uma minoria que vê e pensa as coisas de modo muito diferente que os comuns dos mortais. Lastimo que assim seja, pois gostaria de ser 'normal', estar na norma, o que bem sei, desde sempre, que não é lugar para mim, excluído pelo simples fato de pensar, e o meu passado também se me demonstrou quão perigoso pode ser esta simples ocorrência: PENSAR, e como você pode ser visto com maus olhos por esta simples condição.

Entretanto a maioria não pensante, emocional, a grande cordeirada, o rebanho, segue esta abominação que se convencionou chamar de praxes acadêmicas, como algo de valor, e julga-as algo de bom. O que elas representam e quão distorcidas são e o quanto elas são perigosas sobretudo ao caráter de quem participa nelas, ficou dito nos I e II artigos com o mesmo título que este. Entretanto consciente de que o clima que é vivido mas praxes é, em geral, a norma, a média do que é vivido na vida laboral e/ou social, e que as praxes podem ser desde logo um dissuasor de ilusões para com um futuro decente, reto, digno, fraterno, não tenho dúvidas. O que me causa espécie é que já não bastando que a vida como ela é em sociedade assim se apresente, mas que quando se dão os últimos passos antes de se ingressar nela, ao se obter a formação que nos irá distinguir de como vamos participar nesta vida em sociedade, ainda, ou melhor desde logo deva-se ser confrontado com esta má cêpa, com esta distorção e se tenha um ritual de iniciação que mais que tudo distorce, ou torce, entorta o caráter de quem nele participa. 

A minha outra grande tristeza é constatar o percentual. Logo quando os políticos não se manifestaram contra as praxes, apercebi-me que havia algo de podre no Reino da Dinamarca. Posto que eles até por instinto se colocam sempre em acordo com a maioria, sempre numa posição normal, para satisfazer aos números que são sua regra e sua condição. Porém que a maioria dos destituídos de bom senso fosse tão fragorosa (quase 77%) doi-me, e me causa grande tristeza. Não tenho ilusões, tenho dor de que a estupidez que grassa, grasse tão abundantemente.



N.B. Há mais 5 artigos sobre este assunto no blog: O Olho do Ogre, 4 com este nome, numerados I, II, III e IV e ainda Do crime preterintencional e O CDS e as praxes, é só acessar o blog, é o primeiro que vai aparecer, e entã, por o nome no espaço de busca em cima à direita, onde está escrito pesquisar. 

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