Com uma palavra forte que quer dizer se lixar, se danar, se f... uma alta funcionária americana revela o que sempre afirmei, os EUA têm seus interesses bem definidos, e tudo o mais é: Que se lixe!!!
Curiosamente esta revelação vem no rastro das tramas para a candidatura à presidência da comissão europeia, e quando comentei à eleição instrumentalizada pelo W. Busch, que deu ao homem que lhe tinha cedido o direito de passagem nas Lajes com seus prisioneiros para Guantânamo, disse o que se passava, que era o rebaixamento do cargo com mais poder na União, assim o que, provavelmente então, como agora, soou a muitos ouvidos como absurdo. Foi na oportunidade, e o é agora, um jogo de cartas marcadas, e triste figura faz a Europa por permitir esta intromissão. Os EUA querem sempre ver um amigo na presidência da Comissão, para não ver, a longo prazo, seus interesses esquecidos e postergados pelos interesses europeus, aliás os interesses que deveriam ter a supremacia na comissão, como é óbvio.
Danando-se ou não a União Europeia, são intoleráveis as interferências Norte Americanas na escolha do presidente da Comissão. Se este cargo, que, como todos, pode ser tão expressivo e influente como quem o vá ocupar, tiver a felicidade de ser ocupado por alguém europeísta autêntico e convicto, alguém com nível intelectual e cultural para o cargo, alguém como Delors, que se estivesse morto, ter-se-ia voltado no túmulo e várias e muitas vezes, pelo desgosto de o ver ocupado por semelhantes figuras. A vergonha de se ver este posto ocupado por tão dissemelhantes pessoas, é que aponta para uma tão fraca União, e permite que dela se diga o que ficou dito. Quando há dignidade e alto estatuto numa instituição, esta fica blindada a ações de baixo proceder, coloca-se ao nível das coisas ideadas, das instituições que portam uma dignidade além, porque está nas mãos de gente de alto calibre. Quando se permite ter gente rasteira em seus altos postos, expõe-se a passar pelo desgosto de se ver alvo dos mais injustificados interesses.
Pobre Comissão, pobre União!
Aos interesses Norte Americanos fica a instrumentalização costumeira e o jogo usual de enfraquecer para poder reinar, tendo gente com pouca ou nenhuma fibra em pontos chaves, para saber que se curvam se for necessário. Neste caso da Ucrânia, que põe em conflito os interesses europeus, dá-se o caso de total anulação da União como elemento político-diplomático na interação com a realidade geoestratégicas e na defesa de seus interesses neste caso.
Anulada e desprestigiada a União é inexistente como agente político, mesmo que muito de seus membros sejam expressivas potências. As vozes se ouvem isoladamente, mas juntas são como inexpressiva Babel.
Anulada e desprestigiada a União é inexistente como agente político, mesmo que muito de seus membros sejam expressivas potências. As vozes se ouvem isoladamente, mas juntas são como inexpressiva Babel.
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