quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia da Terra.







                                                                                            Quem foi que dsecobriu o Brasil?
                                                                                             Foi Seu Cabral,foi seu Cabral.
                                                                                             No dia 22 de Abril.
                                                                                             Dois meses depois do Carnaval.




Imagem do Google do dia da Terra 22/4/2015.



Tal não foi minha surpresa hoje ao abrir o Google, que dar com esta imagem aqui ao lado, com o globo rodando ainda por cima, a nos informar e querer lembrar que hoje é dia da Terra, sendo que só me lembrava que hoje é o dia do descobrimento de uma sua porção, o daquele gigante país onde nasci.

Deverá ter a Terra um dia? Confinados a este planetinha azul, no qual flutuamos no espaço sideral, nosso lar e nossa nave espacial, na qual e com a qual encetamos a viajem interminável de nossas existências, para nós, como matéria, única e derradeiramente prisioneiros deste monte de materiais conformados nesta bola arredondada onde vivemos e morremos, onde tudo se  vai transformando, mas onde tudo permanece,  exceção feita aos que morreram no espaço e por lá ficaram, privilégio de alguns animais, não tendo ainda a espécie humana experimentado tal situação.

Se imaginarmos da Terra, a terra, nosso paradigma, nossa consistência, dela feitos, e nela refeitos, por seus frutos e suas circunstâncias, criados e recriados por seus materiais, Terra, terra, nosso lar e nosso dilema, temos presentes que esta que tudo nos dá e tudo nos conflagra, nosso princípio e fim, talvez seja tão presente, tão nós mesmos, que ter um dia para comemorá-la, ela que é o nosso dia-a-dia, nosso tudo e nosso nada, seja um contrasenso, uma ideia descabida, um despautério.

Porque ter um dia para o que é todo dia nossa razão e existência? Ao escolhermos um dia, este dia o vigésimo segundo de Abril, estamos rejeitando 364 outros dias de convivência diária, e, para quem tiver noção da maravilha imensa e da dádiva infinita que é termos este mundo como nosso, fantástico mundo de beleza e alegrias, sabe que deve, devemos, festejá-lo todos os dias.

Não faz muito sentido, sei que é um simbolismo, festejar a Terra. E não faz sentido porque é um simbolismo redutor, assim como os aniversários, este dia, é uma redução temporal e existencial, que só é justificada em nossas vidas como lembrança de até onde chegamos, e de até onde poderemos chegar, marcação do tempo que é: registro do que passou e do que se poderá passar. Para o planeta essa demarcação é sem sentido porque quando tivermos noção de que o tempo que poderá passar tem um fim, este será o nosso, como o de todas as coisas, ou se estivermos tão avançados que vamos mudarmo-nos para outros mundos, será o dia da eterna lamentação, porque teremos perdidos o melhor abrigo que alguma vez se possa imaginar, e isto só poderá ter acontecido, só poderá acontecer, por nossa culpa.









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