O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
O xeque-mate de Antônio Costa.
Quem sabe jogar xadrez, percebe bem o que se passou. Foi uma partida numa série de jogadas sucessivas, com o adversário tentando várias opções:
Costa joga com as brancas.
Afirmando logo ao começar a partida que não fará coligações negativas, estabelece um princípio de jogo fraterno.
Primeiro tentaram o roque.
Ora rocar, fazer o roque, é promover uma proteção ao Rei, com a Torre, mudando-os no tabuleiro, num entendimento muito amplo, levando assim a dificuldades em se atacar, portanto António Costa não atacou mais, pelo contrário, contornou, mostrou-se solidário, tentou cooperar, e montou, entretanto, sua estratégia.
Segue-se o recambó.
Foram sucessivas mãos ou movimentos, sempre com mudança de parceiros sem nunca revelar o objetivo final.
A frente siciliana.
Logo que o peão do rei das brancas moveu-se, as pretas estabeleceram essa linha de defesa, iniciando-se a luta pelo centro do tabuleiro.
Seguiram-se ataques diversos, com as pretas reafirmando que tinham ganho o jogo e que o local era delas.
De repente assumem as pretas a posição de donas do tabuleiro, e as brancas desaparecem do jogo indo preparar o fatal contra-ataque.
Quando há os movimentos sérios no plenário do jogo, as brancas entalam as pretas, e o juiz por decorrência.
As pretas são derrubadas.
Sem posibilidades tentam com diversos movimentos promover uma reviravolta no jogo, inclusive influenciando o juiz, para ver se encontram uma saída, tudo debalde, as brancas de António Costa mantêm-se, até que aparece uma linha de defesa muito forte e intransponível, e oferece uma solução para a partida.
As pretas sem saída.
Sem saída as pretas vão vendo que não terão solução, mas o árbitro tenta reverter a partida, como já havia indicado as pretas como vencedoras, tenta estabelecer uma situação de vitória e normalidade para tornar-lhes a vitória definitiva, porém não havendo solução.
As brancas resistem.
As brancas alinhadas, resistem oferecendo soluções de movimento no tabuleiro.
Xeque.
Desta forma o Rei das pretas é posto em cheque e vê que é melhor aceitar a situação porque ficara sem possibilidades, mesmo que o juiz o queira manter, já não há mais espaço.
Insistência em alternativas.
Há ainda uns quantos cenários que procuram ser criados para dar espaço às pretas, mas tudo debalde.
Xeque-mate.
Como todo o Rei, por manter a posição, obriga que as hostes adversárias sem saída recuem, e com isso seus cavalos, elementos de força, um à esquerda do tabuleiro, e o outro mais à esquerda ainda, dão o mais soberbo cheque mate, sem nenhuma opção, nem que o juiz quisesse, nada mais podia fazer, limitado pelas regras é obrigado a aceitar o jogo e o xeque-mate que está dado.
Fim de partida.
O juiz muito a contra gosto é obrigado a sagrar vitorioso Antônio Costa, mostrando toda a sua má vontade, todavia mesmo sem nenhuma opção, vai engolir o sapo enorme que se apresentou. O jogo termina!
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