Francisco bem que tentou, porque sabe que cortar o vínculo, cortar a comunicação, não resolve nada, deve dar tranquilidade a quem se desvincula, porque, podemos dizer assim, se livra do problema, mas não o resolve, não ajuda no essencial, na causa ou nos efeitos do problema, enfraquecendo a igreja e a fé.
Excomunhão, anátema, é cortar, impedir a comunhão, a comunicação, o contato, a proximidade, por qualquer razão que seja, melhor será entender, sem razão, com falta de razão, apenas excomunhão, afastar os que agiram de maneira diversa, os que fugiram às regras, sabe-se lá porque são regras, os que se divorciaram, os que praticam sexo diverso do dito tradicional, homem x mulher, os que descumpríramos votos, e por essas razões são alvo de anátemas, são os excomungados.
O atual Papa quer entender que a exclusão desses membros da igreja subtrai a ela filhos legítimos, sonega seu convívio, impede sua fé, destruindo seu aconchego, e esse seu é tanto o da igreja para com eles, como o deles que buscam a igreja, e esta excomunhão é fugir aos princípios básicos do cristianismo, que se podem traduzir na reflexão do que ensina a bíblia: odeia o pecado, mas ama o pecador, quando se exclui, excomunga, o pecador deixa-se de ama-lo, não se cumpre os ensinamentos cristãos, não se dá a proteção materna, essa que a igreja se atribui como santa madre que deseja ser. Por isso Francisco entendeu e tentou mudar a atitude excludente que impera, não conseguiu, manteve-se a excomunhão e, consequentemente, os excomungados.
Excomunhão, essa tradição inquisitorial que lembra um passado da Igreja que essa deve, e deve querer, esquecer, mas não toda ela, infelizmente.
Excomunhão, essa tradição inquisitorial que lembra um passado da Igreja que essa deve, e deve querer, esquecer, mas não toda ela, infelizmente.
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