mais uma semana perdida!
De dois a nove de julho, vai uma semana entre estas duas terças-feiras que demarcam os extremos da indesição presidencial portuguesa. Após a demissão do dr. Paulo Portas de ministro de Estado e da expectável saída de seu partido'unipessoal', o CDS-PP, junto com ele, alterando o quadro da governabiidade do país. Minimamente esperávamos todos soluções rápidas para repor um quadro de estabilidade política, ou a ante-visão deste. Nada disto. Vão se reconciliar, sem o dr.PP, com o dr.P.Portas. Não vão se reconciliar. Vai-se formar um novo governo, com novas figuras. Não se vai formar um novo governo, vai-se remendar este. Vai-se para eleições antecipadas. Não se vai para eleições antecipadas. Vai-se formar um governo de iniciativa presidencial. Não se vai para este governo. Tudo é possível! O que não é possível, nem desejável, é esta perda de tempo com prazos a correr e juros de milhões de euros a pagarem-se todos os dias. Isto somado à instabilidade dos mercados e aos prejuizos que esta proporciona, o prejuizo total já é de vários milhares de milhões( bilhões) com esta brincadeira.
A estúpidez que tudo isto revela é abissal. Tendo-se em conta que vai resultar em nada, demorando um pouco mais ou um pouco menos, tanto faz. O que não faz indiferença é o valor da fatura que esta brincadeira ocasiona e que será de milhares de milhões de euros,ou seja dígitos percentuais inteiros do PIB português, para somarem-se à dívida já de per sí impagável como está negociada, e que, hipotecando o futuro do país, compromete por muito tempo as esperanças de progresso, emprego, desenvolvimento, estas coisinhas que fazem toda a diferença entre miséria e riqueza para as nações e para as pessoas.Ou seja uma desgraça completa pela birra de dois homens sem postura de Estado.
O primeiro que a passos largos caminha para estar na história como o mais tenebroso primeiro-ministro de Portugal, o segundo que como disse( Leiam no blog:Conclusão do fim do governo português.) pretendeu começar seu período de nojo político, e que com a mágica situação de pertencer a um governo ao qual não mais pertence, se livrar do ônus político advindo desta participação. Pois sendo a face visível de seu partido, tendo se retirado, não importava mais como as coisas iriam ficar. Se saiu-lhe o tiro pela culatra, coisa em que não acredito, não retornando mais à participação governamental, ou retornando,então, como 'Salvador da Pátria'. Posição que o seu companheiro de coligação, e principal adversário político, não lhe quererá ceder certamente, e que, não cedendo, não terá mais a naioria que lhe permite fazer os descalabros governativos que fez, e triturar os trabalhadores e seus minguados orçamentos pessoais. Como fica então?
Fica que não fica. Quando o dr.Paulo Portas pôs tudo em cheque, até aparentemente o sentido de Estado de seu partido, teoricamente se colocando em cheque ante este, sabia muito bem o que estava fazendo: Ou volta como 'Savador da Pátria' desdizendo o caráter 'irrevogável' de sua demissão, para voltar para evitar o caos, que sabia provocar, e com um acordo de mudança de política econômica e financeira e com os nomes eficazes para implementá-la, ou não volta coisa nenhuma, e já está. Terá tentado o que lhe dará maior evidência e notoriedade, com a história que contará apos 'ter tentado'.(Inclusive ante seu partido.)
O fato é que tudo isto, por enquanto, faz perder mais uma semana preciosa, e, é claro após a capacidade viperina que demonstrarem(Refiro-me a capacidade que as cobras têm de engolir sapos.)farão perder mais tempo, alargado ou não, tudo dependerá desta mesma capacidade, para, segundo creio,ao final não resultar em nada. E porque? Porque não pode se conciliar o inconciliável. E é inconciliável uma coligação com estes dois líderes como já se viu, ou não viu quem não quiz ver, ou não quer ver, ou não tem olhos de ver, para ficarmos com esta última fórmula, a bíblica, que só admite a visão à quem tem olhos de ver(O que nos confirma implicitamente haver olhos de outra coisa.).
Pra que dizer mais?
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