De liberdade plena
Ninguém fere andorinhas
Ninguém mata gaivotas
Em seus voos de rainhas
Que dão muitas reviravoltas
De ares gerais
Passa, passa passaroco
Segue andorinha ligeira
Passa, passa passarão
Voa gaivota faceira
De destinos distantes
De outras terras vindas
Ou do fim do mar retornadas
Aves de muitas poisas
E de muitas outras moradas
De lugares próximos
Em nossos beirais aninhadas
Nas nossas praias passeando
Têm amenas coutadas
E nelas vão habitando
De retorno marcado
Seja na noite diária
Seja na primavera anual
Sua volta não é contrária
Seu retorno natural
De alegria inesperada
Em seu voo realizam
Vários tempos de bonança
Se com ele sintetizam
O retorno da esperança
De local imprevisto
Pelos ares cruzando
Com sua graça e sua calma
Vão assim demarcando
Outros poisos em nossa alma
De liberdade plena
De ares gerais
De destinos distantes
De lugares
próximos
De retorno marcado
De alegria inesperada
E De local imprevisto
Fazem em sua coutada
Deslumbramento sempre visto.
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