quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Metade delas já não existem. A extinção dos vegetais é o começo da nossa.







Uma discussão antiga é a do copo meio cheio ou meio vazio, se entende com facilidade que até à metade do copo ele estará meio cheio, e que da metade até esvaziar-se, estará meio vazio, passando, em ambos os casos, para cheio e para vazio, pela ideia de bem, bastante, e muito, sendo indubitável que o divisor de águas para cheio ou vazio, bem como para tudo que exista, é a metade do que sempre existiu, e se uma determinada coisa já esgotou metade do que possuía, metade do que existia, daí em diante é sempre a descer até que acabe, ter a metade é indicador de que se perdeu uma parte igual a que ainda existe, sendo daí para frente, se as perdas persistirem, um processo contínuo para que essa determinada coisa acabe de vez.

Logo a partir daqui, do meio, da metade, é sempre em contagem regressiva até a extinção. De cada duas árvores que existiam no planeta, agora só há uma. Esse é o princípio do fim, não só do fim das árvores, elementos cruciais da vida no e do planeta, seus mais antigos seres vivos ainda existentes, memória de passado importante, registro de tempos onde imperavam os vegetais, símbolos de grandeza e altaneria, polos de estatura e pujança, temos, por outro lado, quando um biólogo olha para uma árvore, mais que a árvore vê um repositório de forças que libertas são perigosas à vida, porque dela formadoras. Os elementos de formação devem se mover lentamente, quando correm céleres representam perigo. Uma árvore é uma boa combinação de Sol, solo e água estabilizados, tanto pelo que contém desses três elementos, quanto pelo que continuamente modera da ação desses três elementos. Cortar uma árvore é ao mesmo tempo liberar a quantidade de água que a árvore retinha, como não permitir mais sua acumulação, acelerando o movimento do ciclo da água, abrindo espaço para o impacto das quantidades de água que ali chovem, agora aumentadas pelo que evaporou da própria árvore, agora caindo diretamente no solo, sem o guarda chuva da copa da árvore para amenizar o impacto, o mesmo se dando com o Sol que incide naquele espaço que a árvore ocupava, e com o solo que a árvore retinha, e em que atuava e cobria protegendo-o.

Cortar uma árvore é ação de grande impacto, eliminar um grupo de árvores é abrir uma ferida no Planeta, devastar uma grande área arborizada ( um bosque, uma mata, ou uma floresta) é uma ação de morte e destruição com tal impacto assassino, que se as pessoas tivessem noção do que isso representa, da quantidade de matéria e de forças destrutivas que são liberadas com essa atitude, nunca teriam a ousadia de tocar-lhes sequer numa folha.

Como a ignorância e a falta de prudência levou a esse descalabro que desde a segunda metade de 2015, data que marcará na História da Humanidade pelas piores razões, chegamos à metade do número de árvores que haviam no Planeta, uma ideia de destruição e inconsequência, bem como início da extinção das árvores como um todo, ainda que muitas delas já tenham sido extintas individualmente como espécies, e vários tipos de cobertura vegetal também tenham sido extintos ou estejam em perigo iminente,  configurando o princípio do fim.

Demorei meses  após à notícia esperando ver a repercussão que essa teria, esperando as medidas que se iriam tomar para reverter essa calamidade. NADA! A notícia foi uma nota de rodapé no noticiário, sem que ninguém tocasse mais no assunto. Bem sei de quanta desgraça tem havido a ocupar os cabeçalhos da informação, mas ignorar o  declínio da cobertura vegetal ao ponto desta deixar de existir em sua maioria, momento crucial da preservação da vida no e do Planeta, é desconhecer o perigo que nos ameaça, é não perceber que se está decretando o fim de nossa espécie por arrasto.

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