O aumento do número de deslocados (migrantes, imigrantes e emigrantes, refugiados, exilados, terroristas, fugitivos, expatriados, deportados, degredados, guerrilheiros, infiltrados, inquietos e insatisfeitos) nunca foi tão grande na história da humanidade, contando-se por dezenas de milhões, nem durante as duas guerras mundiais, nem em qualquer outro momento da história da humanidade, em qualquer tempo, houve tanta gente descolada por tantas e diversas razões ao mesmo tempo, esse fenômeno merece reflexões profundas nas suas duas pontas, a de suas causas e a dos seus efeitos, que levarão a conclusões sobre o novo mundo que se vai constituindo por razões tão diferentes e por tão diversos fatores, atuando todos ao mesmo tempo, criando a enorme convulsão ora conflagrada, some-se a isso o incremento do turismo de residência, a residência a estrangeiros, e as transferências de clima, e temos um quadro de movimentação humana em grau nunca visto.
Comecemos primeiro pelas causas que darão uma visão clara da origem do que se está passando, e que mostram as perspectivas do que irá continuar acontecendo, ou não, revelando as linhas de ação e as vias que se estabeleceram e que irão mostrar o futuro e suas possibilidades e probabilidades. Há enormes massas humanas que fogem de seus países pelas condições adversas desses, sendo elas das mais diversas natureza, desde conflitos e perseguições de ordem vária, cujo motivo que é só um, poder, vive encoberto e mascarado por outras razões: religiosas, políticas, étnicas, etc... e também mudam pelo natural desejo de mudar a perspectiva existencial, muito facilitado pelas condições de facilidade de transporte rápido e barato, até pela acolhida fácil em muitos locais, de forma legalizada ou não. Há disparidades econômicas gritantes entre muitíssimos países, o que favorece a que os que vivem nos países com moeda mais forte e clima mais inóspito vão para os países onde seu dinheiro valha mais e cujo clima lhes seja mais ameno, bem como ao inverso os de moeda mais fraca e/ou com piores condições econômicas e de trabalho, aqueles que o irão procurar bem com às oportunidades onde haja moeda mais forte ou melhores condições econômicas, indiferentemente do clima que irão encontrar. Há a facilidade de comunicação virtual que tem convidado, permitido e estimulado a que um enorme número de pessoas vá viver para onde será acolhido por razões de várias ordens, desde parentesco e afinidade religiosa até por sexo, trabalho ou companhia. Há um desejo de mudança motivado por desajustamento social, exímios de várias razões, fuga, ódios e implantação do terror, dos dois lados da linha, na origem e no destino do deslocamento, como ainda inquietação ou mesmo simples curiosidade. Como ainda os há por pura razão climática ou turística, e cujo deslocamento é temporário. Tudo isso somado aos baixos preços dos deslocamentos hoje, que com a diminuição dos preços do petróleo devem ainda baixar, porque irão baixar os custos, as facilidades de acomodação por toda parte exceto na maioria do território africano, o resto do mundo dispõe de muito mais acomodações que residentes, a facilidade de transferências de dinheiro para qualquer parte do mundo, a comunicação se não por um modo por outro, em toda parte, por exemplo em muitos lugares onde a telefonia não funciona, tanto a digital como a analógica por falta de redes locais, funciona a internet, via satélite que pouco ou nada depende dos recursos locais, em centros, ciber-cafés, e lojas da esquina, permitindo contínua comunicação. As facilidades de transportes no terreno de todas as maneiras, desde um burro, um camelo, ou um cavalo que se alugue até o rent-a-car, o rent-a chopper, ou o avião de pequeno ou longo percurso, o dinheiro de plástico que evita os roubos, e que já é universalmente aceito e alcançável, facilitando transações e pagamentos, tudo isso junto levou-nos a um mundo muito diferente nessas últimas décadas, com certíssimas probabilidades de se agravarem os deslocamentos.
Agora tratemos dos efeitos que manifestam-se numa ação, analisando sua tendência, sua permanência, e sua propagação: a tendência, como afirmei é de aumentar, a permanência da ação é de que continuem porque nem a Coréia do Norte consegue prevenir deslocamentos para os dois lados de suas fronteiras, apesar de toda a repressão e vigilância e no mundo livre esses irão permanecer como elemento de liberdade individual, o que evidenciará sua pujança, e a propagação, essa sim, dependerá unicamente de como se desenvolverem os fatores que levam a esses deslocamentos, ou seja, se haverá insatisfação, guerras, fome, fortes alterações climáticas, perseguições (Têm presentes os noticiários?) e, por outro lado, se haverá manutenção da riqueza e da estabilidade nos países ricos, como nos dizem também os noticiários todos os dias não há outras coisas, outros fatores em ambos os lados, os da instabilidade e os da estabilidade, ou seja: os ricos continuam mais ricos e os miseráveis mais miseráveis agravando tudo isto a constante aparição e atuação de marginais às sociedades sejam elas quais forem, esses cuja marginalidade é motivada por interesses de poderes paralelos, e cuja manifestação, seja porque fonte for, desde da guerra e do terror, passando pela droga, os negócios escusos, todos os tipos de tráfico, até a prevalência social, étnica, ou religiosa, tudo isso é seu pão de todos os dias.. Vivemos num mundo de desesperados e fazedores de desespero.
Os vetores continuamente atuantes indicam que é pra continuar, sabe Deus até quando. Este "Brave New World" admirável por razões as mais inauditas, determina pela sua convulsão que nada será como dantes, e que nem mesmo haverá mais quartel, e aqui quer o termo significar tanto o local de alojamento dos soldados da expressão popular, como a mercê que se concedia aos vencidos. Estamos todos derrotados, e sem misericórdia. Eis a roda viva!
Os vetores continuamente atuantes indicam que é pra continuar, sabe Deus até quando. Este "Brave New World" admirável por razões as mais inauditas, determina pela sua convulsão que nada será como dantes, e que nem mesmo haverá mais quartel, e aqui quer o termo significar tanto o local de alojamento dos soldados da expressão popular, como a mercê que se concedia aos vencidos. Estamos todos derrotados, e sem misericórdia. Eis a roda viva!
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