segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Além da humana compreensão: As Almas Negras.




Uma avo e neta chegam ao seu hotel, deixam sua bagagem, avisam que chegaram bem, e vão dar uma volta pelas redondezas, logo ali está La Rambla, a via central, a mais eminentemente turística da cidade que foram visitar. E encontram uma morte desesperada. Eram militares, eram espiões, eram representantes de algum governo? Não, eram turistas, inocentes visitantes como outras dezenas que foram atingidas. Eu não consigo entender a motivação e a falta de sentimento de um ser humano para fazer isso. Eu entendo perfeitamente alguém que mate com uma motivação, por raiva, por defesa, por luta, mas a frio? Sem motivo? A uma pessoa totalmente inocente que nunca viram? Cujo único azar foi estar na hora que resolveram matar no local que escolheram para isso . . .

Outros por raiva incendeiam, agridem, matam ao vizinho, ao seu concidadão.

Eu por mais que me esforce, e tenho me esforçado muito desde que esta selvajaria começou, não consigo compreender, não consigo apreciar com que forças, debaixo de qual entendimento, alguém pode gratuitamente agredir, esfaquear, atropelar, explodir, incendiar, etc...  pelo simples fato de julgar o outro contra suas ideias. E onde falta o entendimento, prevalece a poesia.(Poesia como expressão de um estado de espírito.)

                       Almas Negras

Carregadas de fumo e horror
Capazes de tanto ódio
Capazes de tanta dor

Matam por matar
Ferem por ferir
Os que vão a passar
Aos que conseguem atingir

Transbordam sua vileza
Espalham somente tristeza
São pura maldade

Põem fogo nas florestas
Destroem o infeliz a passar
Crêem serem estas
As ações que os irão clarear

Insanos na sua torpeza
Ferindo por crerem-se feridos
Maldade por serem malditos

Negras, mais negras que o fumo
Almas da pior escuridão
Desditosas e sem rumo
Perdem-se nessa ilusão.

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