quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"A realidade tira sempre o tapete a ideologia" Cavaco Silva.















Uma afirmação absolutamente prática que revela que não se deve ter ideologia, que se deve aceitar a realidade sem nada fazer para contrária-la, posto que ela é inevitável como a morte, certa como uma fatalidade, incontornável como os oceanos, reconhecendo ao Dr. Cavaco Silva sua habilidade prática, nos questionamos se não é exatamente o contrário que esperamos de todos aqueles a que elegemos? Esperamos que eles contrariem a fatalidade da realidade, esgrimindo com ideologia rumos mais humanos, mais aceitáveis, mais justos, se não teríamos a escravidão, por exemplo, como uma realidade aceitável ainda, e válida, e ativa, posto que retirando o tapete à ideologia que baseando-se em princípios éticos se opôs a essa forma de dominação, eliminando-a, a realidade não poderia ser contrariada dentro das ideias práticas do Dr. Cavaco Silva, e ainda teríamos escravos. Não duvido nada que a ideia certamente agradará a alguns, mas felizmente repugna a esmagadora maioria.

"A Palavra presidencial deve ser rara." afirmou também, querendo criticar o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, esta afirmação mais a expressão: "a verborreia frenética dos políticos"dirige-se a sua tentativa de valorizar sua forma de ser, sua passividade enquanto político e presidente da república, cargo que deslustrou com sua atuação, e que a fortíssima dor de cotovelos que sente pela proximidade, o apreço,  e o bem querer que o Prof. Marcelo irradia e recebe, que rapidamente apagou da memória de todos que um dia sequer existiu alguém chamado Cavaco Silva, formatando um novo modelo de presidente que não mais dará espaço a figuras sem luz, opacas, sombrias, pesadas, perversa mesmo, como é Cavaco Silva. Recusando o esquecimento, que já se ia generalizando, e que inevitavelmente será absoluto, só quem viveu as décadas de sua presença poderá no futuro bem avaliar o quão malfazeja esta foi, guardando a lição por comparação daquilo que pode ser e representar um presidente da república com sentimentos e um sem. Portanto queremos todos uma palavra presidencial constante, presente, afetuosa, frenética, atuante, bendizente, reveladora e que formate a posição do máximo magistrado da nação como algo próximo e esclarecedor, portanto garante de nossa tranquilidade por sua constante vigilância, função para a qual foi eleito, e que não se deve recusar a cumpri-la refugiando-se nas sombras de gabinetes obscuros e inalcançáveis aos comuns dos  mortais. distanciando-se da realidade do país nos salões palacianos, fugindo ao compromisso popular, para o qual se exige vocação, exige que se goste do cheiro do povo, e não só do perfume de sua maria.

Essa criatura nociva, que tanto mal fez em seu magistrado ao país que escolheu mal essa figura,  procura fazer o que o Dr. Passos Coelho não revela a competência torsa para o fazer: OPOSIÇÃO, e não se pode negar que em tudo que é destrutivo as competências vincadas do Dr. Cavaco Silva se revelam industriosas e prolíficas, vindo assim colmatar este vazio, se opondo logo a tudo e a todos com a mais expressiva voluntariedade. Eis o Dr. Cavaco em seu melhor.

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