quinta-feira, 11 de junho de 2015

Acordo ortográfico: A estupidez amplia-se.






Um quarto de século, vinte e cinco anos, para opinarem, manifestarem-se, oporem-se, fazerem tudo que lhes desse na real veneta. Nada fizeram! Após entrar em vigor, com todas as carências que houve, mais que as que poderiam ser admissíveis ou necessárias, ou as que seriam admitidas pelo desenvolvimento do processo, ou pela prudência do legislador, vinte e cinco anos, e não foram suficientes, havendo tantas coisas importantes com as quais se preocuparem, e pelas quais se manifestarem, resolveram agora, movidos por uma irascível preguiça, irem para as ruas de Lisboa firmarem posição contra uma Lei em vigor, com os mais estapafúrdios argumentos, e as mais descabidas afirmações, numa unanimidade em serem infratores desrespeitosos da Lei.

Insatisfeitos com o bem que lhes é feito, usuários minoritários de um idioma que leva o nome de sua nacionalidade, o que lhes arvora impudicamente a presunção de proprietários da língua. São donos de suas próprias línguas, e só delas, as quais usaram para dizer asneiras quantas bastem para verem atendidas suas insatisfações com um acordo que quem mais com ele beneficia é o povo português, e que passada uma geração estará plenamente incorporado, apesar de ter demorado outra geração em ser discutido e implementado, e que os jóvens, todos, o aceitam com instinto de boa vontade. Enquanto esses ignorantemente opõem-se,  fazendo gritaria escusável e perclusa. Sendo seu único recurso possível reunirem assinaturas para um referendo que não tem o mister interesse geral, sendo questão menor e muito mais pequena face a tudo que atravessa Portugal hoje e pelo que deve-se movimentar a população.

Moven-se instigados por uns quantos preguiçosos, que vêm razões outras, e que as enumeram como argumentos lógicos e verossímeis com os quais pretendem justificar sua inércia, uma fieira de distorções implausíveis. Pessoas que metem o pé na argola, ou na poça, tendo o seu principal cabeça já desencarnado, mas que deixou seus prosélitos, entre os quais incluem-se pessoas que eu admiro, como Pacheco Pereira e Bagão Félix, que pela força da inércia caíram nesta armadilha equívoca.

Destarte é o procedimento destes que se assanham em defensores de um vencido 'status quo' e não se acanham por não terem usado o tempo - décadas - que lhes foi dado para que se opusessem. A estupidez amplia-se!

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