terça-feira, 2 de junho de 2015

Ultrapassaram todo e qualquer limite do razoável.







Este assunto já deveria estar resolvido pelo menos há três semanas, entretanto esta exposição de uma Europa sem soluções, ou com soluções tardias, é a expressão máxima da fala de lideranças, da falta de bom senso, e, como bem sabe quem já participou de qualquer coletivo, o coletivo  só tem juízo se sua(s) liderança(s) tiver(em) juízo.

Todos sabemos que a Grécia não pode, e não vai, sair do euro, muito menos da Eurolândia, logo todo esse universo de pressões ao governo grego, são fogos de artifício, conversa de polícia mau, processo inquisitorial, ou interrogarório da Gestapo. [- Já lá vou arranjar um jeito de ter o blog suspenso novamente, porque fui suspenso por quinze dias, ao ter escrito o artigo intitulado: Alemanha - A infecção persiste. Onde  faço uma análise distante e verdadeira das inconsistências políticas da Alemanha de hoje, indo às suas raízes, sem nenhum preconceito, como pode ser comprovado por quem o quiser ler, continua disponível no blog, e fui acusado de incitar ao ódio, que é o que não faço, e fui condenado, porque a justiça do Google é unilateral,  não admitindo o contraditório, princípio fulcral da administração de boa justiça, e, atendendo à denúncia, fui suspenso injustamente  por uma quinzena.]

 Então esta demora patrocinada pela incompetência política dos dirigentes europeus de hoje em dia, onde uns mandam e outros obedecem,  e onde patenteiam-se nações de primeira e de segunda (Haver-las-á de terceira.) é só acrescentar miséria à miséria. E a Grécia, berço de nossa civilização, onde os grandes empresários historicamente tem a elasticidade de incumprir e evitar ao máximo aos custos que possam incidir sobre seus patrimônios, praticando, e com muita habilidade, o que é conhecido como fuga ao fisco, e que o governo para aumentar os impostos sobre os que detém a maior porção do dinheiro do país tem de ter muita habilidade, e que necessita de tempo para recompor estratégias e criar medidas que possam conseguir ir buscar mais alguns recursos num país onde todas as medidas já foram implementadas após mais de meia década de medidas excepcionais das mais variadas cores políticas, que levaram, por isso mesmo, o país a uma situação extrema que tem o compromisso eleitoral, que pretende honrar, de tentar outras vias para solucionar o problema da dívida grega que nem com um perdão parcial se resolveu, porque os custos de seu financiamento nos altíssimos níveis em que se encontra seu endividamento, inviabiliza qualquer tentativa de solução, sobretudo as de curto prazos.

Cansados de saberem isto estão os dirigentes europeus, pois sabem que a situação grega enfraquece a situação europeia como um todo, pois que havendo uma parte infectada, todo o corpo está em risco, e que deveriam dar remédio a esta parte do organismo, remédio pronto e eficaz, para preservar o todo e não andarem por aí como desgraçados ou itinerantes, a gerirem um grupo que no mundo, não só em nossos dias como historicamente, é cada um de per si potência, entre as mais desenvolvidas, e que juntas, não podem ser menos, nem prestarem-se a esta situação lastimável.

Ademais após o Banco Central Europeu ter aceito pôr a 'moviola' a funcionar, o que irá injetar centenas de bilhões de euros na economia europeia, a exemplo do que fizeram os Estados Unidos, para estimular o desenvolvimento econômico, e promover uma retomada que sem um estímulo, as economias ressentida das duas enormes crises por que passaram, não parecem estar conseguindo alcançar, nada mais justifica esta farsa, esta enorme farsa de apertar, garrotear mesmo, a Grécia para que se cinja aos estritos ditames que a Alemanha, com alguma assistência, quer impor a todo o continente.

Tudo é compreensível, e que tem que haver uma liderança que defina o quadro da sustentabilidade da União como um todo, e que adotem um modelo conservador em economia, onde hajam índices bem definidos, com limites bem conhecidos, e que se não forem rígidos esses princípios, sempre haverá quem os queira driblar, tudo bem.  Que a Grécia tinha que suar um bocado por se ter deixado ir até onde chegou, também compreendo perfeitamente, mas este desleixo em alcançar uma solução, expondo a Europa como um todo, se permitindo ser tema de debate nos EUA, e promovendo uma discussão, e uma instabilidade, que só serve para fraturar uma União que se está recuperando de sua maior crise desde que existe, foi uma atitude irresponsável, que evidencia a falta de liderança, e que faz-nos ver que ultrapassaram todo e qualquer limite do razoável.





Hoje, 17/06, a notícia do dia  é que a Grécia vai sair do Euro, a infâmia da protelação de uma solução, arrastando-se para além de qualquer limite, mesmo o mais irrazoável, é, mais que tudo, a repercusão que esta atitude já provoca no conjunto da União. Sabe-se que o verdadeiro 'dead line' poderá ser vinte de Julho próximo, quando vence a tranche ao BCE, este possível atraso do mês em curso ao FMI, é, nada mais do que isso mesmo, um atraso, só constitui default um montante mais avultado por um mais longo período de tempo. Mesmo o vinte de Julho depende da reação do BCE, porém a reação que não poderia estar concorrendo é a dos mercados face da incúria dos dirigentes europeus.Por outro lado o empolgante disso tudo é a coragem de resistência do governo grego, cumprindo algo que todo mundo apostou que eles não iriam cumprir: seus compromissos eleitorais. Estamos a assistir uma demasiado longa e insidiosa novela. Há que se por cobro a esta vergonha!

-- Alguém  tinha que resistir a esta insania generalizada de que são pagáveis, dívidas impagáveis, alguém tinha que deixar cair a máscara. Coube à Grécia. A Grécia de tantas e tão grandiosas tradições em tudo que representam as fórmulas de soluções para a humanidade. Calhou a Grécia, e ela mais uma vez, como se sua grandiosa história se estivesse repetindo, resiste.

18/06- Como a estupidez política da União não tem limite, surgem agora que  vêm a oportunidade de atrelar a Grécia a seus interesses, como a Rússia, como a China, vendo quais serão seus próximos movimentos se a União deixar mesmo a Grécia cair. Por outro lado os Estados Unidos da América alertam para os riscos envolvidos. Já não há mesmo mais limites para se ultrapassar.

20/06- E o seguinte movimento deu Vladmir Putin, estabelecendo um acordo para a construção de um gasoduto da Rússia à Grécia, as coisas vão evoluindo, e a Europa sem a reação de firmeza que se esperava fosse sua atitude, reação de quem tem este modo de proceder.

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