sábado, 27 de junho de 2015

Já não tenho palavras. O suplício chinês deve ser a tragédia grega!





Será a Grécia um equívoco? Se o é, é um equívoco europeu!


Ou é a hipocrisia, esse arrastar de não soluções impostas para toldar uma ação promissora de solidariedade, de fraternidade e de visão de longo prazo, para em oposição impor uma situação de apoios e compromissos curtos e imediatos, que, consoante a evolução que venha a ter o conjunto da situação, se vá lentamente possibilitando outras condições e outros compromissos sempre curtos, que alterem o patamar de restrições e misérias que se estabelece como primeira meta, para que haja possibilidade de cumprir compromissos draconianos, não importando se isto trará um custo incomportável para as populações sobre as quais recaem estes ditirambos, é assim, ou não há apoios, ou aceita-se o suplício chinês, ou nada. Fica decidido: Há que se jogar à mentirinha. 

Recusar-se a jogar é ser posto fora. 

Afirmava quando ao analisar no princípio do mês (em dois de Junho) no artigo intitulado Ultrapassaram todo e qualquer limite do razoável, quando indicava que a situação já ia tarde e a más horas, porque enfraquecia, essa falta de solução, a Europa como um todo, que dizer agora um mês depois? O que não posso deixar de dizer é que se o que a Grécia pede aos seus parceiros europeus fosse que mentissem, que enganassem, seria normal que unanimemente recusassem, mas como é exatamente o oposto que se passa, é normal que a Grécia, cheia de razão, para não participar da mentira, mentira que irá comprometer seu futuro, e mais forte ainda a faz fugir a seu único anseio, o anseio mais forte do povo grego, o anseio mais forte de quem deve e quer pagar, que é equacionar sua modalidade de pagamento dentro do tempo e dos recursos que lhe permita pagar. Tudo o mais é falácia, é delírio, é pura hipocrisia, que têm sido a regra no seio da União.

A única palavra que tenho e que grita no meu peito é uma pergunta: Até quando? 

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