sábado, 4 de julho de 2015

SIM OU NÃO?







Esta dúvida em si já é uma derrota
Associada a uma triste confissão,
Ambas a correr na mesma rota
Seja a resposta indiferente sim ou não.

Foge-lhe o sangue de correr em suas veias
Escapa-se-lhe a vontade em contrição
Indiferente o povo que as semeia
Duvida em dizer se sim ou não.

Carrega todo o fardo de um passado
Promessas e eterna corrupção
Arroja-se com seu credo já de lado
Importa dizer sim e também não.

Luta, festeja e imagina
Qual resposta possa resultar
Insiste e segue e não se inclina
Acreditando que poderá singrar.

Põe-se a opção: Oliveira ou cavalo?
Que a oferta da deusa sempre encerra
Marcante decisão e forte abalo
Escolher de pronto: paz ou guerra.

Prisioneiro de uma verdade que é mentira
Como livrar-se acaso da prisão?
Será portanto destino daquele que se atira
Gritando ser o sim em vez do não?

Falseia uma alegria, uma justiça e liberdade
Para expressar sua intensa e premente afirmação
Qual será ela: signo, sonho ou realidade ?
Crença perefeita e simples escolha: sim ou não.

Dessa conta helena falsa e vil
Segue certeza que não pede explicação
Nada mais há que seja varonil
Amesquinhou-se em limitar-se a sim ou não.

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