quarta-feira, 8 de julho de 2015

Talvez a China resgate a Grécia.






As ocorrências financeiras na China, onde já passam dos vinte por cento, em média, de perdas nos diferentes mercados, o bulsátil, o dos futuros, o dos títulos, o dos investimentos de todas as ordens, que se desorientaram, como se naquele suposto jogo de monopólio que joga a China a longo, muito longo, prazo, tivesse caído agora numa casa de penitência, como é bem o retrato do capitalismo, uma senoide, onde sobe para logo a seguir descer, numa sucessão de vantagens e penitências, ganhos e perdas, característica do sistema. (*)

A afirmação inconsequente do Sr Junker que declara ou revela uma situação de preparação geral para a saída da Grécia  evolui de inadequada para  despropositada, porque a situação mundial está agora bloqueada pela realidade chinesa, ou seja é impensável uma saída grega neste momento, com a situação mundial como está, ninguém sabe hoje como vão evoluir as coisas mesmo se não houver muitas turbulências, inimaginável é somar-se a isso tudo uma outra crise de imprevisíel consequêsncia nesse momento.

O baque do motor chinês vai pôr o mundo numa recessão, que esperamos seja branda, mas pode não ser, entretanto tudo o que o mundo não precisa agora é de uma recessão, branda ou não, a única coisa boa que advirá daí é uma baixa nos preços do petróleo acentuando a tendência atual que tem outras razões, que já abordei no artigo ainda de Janeiro, intitulado «A OPEP vai pôr o mundo em deflação e a seguir em recessão. », aí está! A deflação foi atenuada com o emissão e circulação de uma quantidade de dinheiro como jamais existiu na história da humanidade, somados a não haver justificação econômica para isso, além de querer parar a crise que grassava como fogo em mato seco, por outro lado terá impedido, ou impedirá o que aí vem, melhor dizendo, impedirá  que a recessão seja forte? Entretanto é um ciclo que se fecha, conectado nos seus efeitos, uma coisa levando a outra, e a outra retornado a uma, como um fecho do círculo. SABEREMOS MUITO EM BREVE!

O que será inevitável vai ser um ajustamento de baque, aquele que acontece com qualquer carga quando o veículo que a transporta sofre um baque de qualquer ordem, aquilo a que no Brasil chamamos de freada de arrumação. A China não se perturba nada com isso, porque apesar dela agir como capitalista, a China ainda é socialista (comunista). Quem se perturba muito com isso tudo é o resto do mundo rico, que apesar de proceder como socialista, com o Estado social etcetera, é  contudo capitalista.

E isso nos leva a questão da Grécia, que é mais da Europa que da Grécia, a Grécia tem pouco mais a perder atualmente, a Europa como União tem tudo a perder, e os países membros, em diferente graus e com diversas consequências, têm muito a perder. A má qualidade dos líderes dos membros da União europeia permitiu se tangenciar a catástrofe sem muita antevisão disso, levando a uma situação de perigo que pode pôr tudo a perder. 

Porque eu digo isso? Porque tendo se mantido por tempo demais à beira do abismo grego, esse se alargou, com a enorme instabilidade econômico-financeira que se patenteou com a situação chinesa. Por isso pode-se dizer que a China, apesar de ser pelas piores razões, poderá resgatar a Grécia.


(*) O problema chinês evoluiu para os trinta por cento em perdas, atigindo um número que só não é maior que o que produz apenas quatro países ao longo de um ano, sendo um deles evidentemente a própria China, as perdas rondaram os três trilhões de euro (#), maior que o PIB do Brasil, da França, da Inglaterra, da Itália, da Rússia, da Índia. è incrível um número desse em menos de um mês, e é mais que tudo assustador.

(#) Três milhões de milhões de euros, mais de 2,75 trilhões contabilizados até agora.

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