domingo, 14 de fevereiro de 2016

Je ne serais pas plus France.






                                                                  Si le Droit de l'Homme est méprisés pour le gouvernement  français  avec une loi que va marchandiser la nacionalité française... Je ne serais pas plus France. (*)



Todos os pais são responsáveis por seus filhos. Excluir quem quer que seja é renegar, e nada pior na vida, São Pedro passou o resto de sua vida se penitenciando de o ter feito, e nós sabemos como morreu... Renegar é contradizer seu próprio eu, é por-se em condição de miséria, porque nega sua verdade, e isso é abjeto.

Além do mais retirar a nacionalidade a quem tenha sido condenado por terrorismo é punir uma segunda vez. Se acham a punição aplicável insuficiente, que agravem-na, mas imporem uma segunda punição, repito, é abjeto, é ir contra o mais basilar dos Direitos do Homem, e foram os franceses em sua fabulosa revolução que os enunciaram como coroamento do que pugnavam, contradizer isso, é negar sua história, é renegar seu passado, outra negação que se junta àquela de excluir um filho.

So o fato de haver discussão a esse respeito é indecoroso, que alguém possa tê-lo proposto, degradante, que queiram legislar desse modo, uma ignomínia. O opróbrio a que se sujeitam os franceses pela má fadada ideia de negar a nacionalidade retirando-a, por que causa for, como pena acessória é um ultraje tão grande que macula um passado glorioso de uma nação, que nesse campo não pode haver maior.

Colocar um preço na nacionalidade, seja por que razão for, é uma mácula indelével, porque os Direitos são inerentes, não são conquistas nem concessões, portanto não podem ser atribuídos, e muito menos retirados. Recomenda-se vivamente aos partidários dessa tresloucada ideia a leitura urgente dos 'consideranda' no preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Vejam os tempos em que vivemos, tempos de negação! De que se foi alguém lembrar, alguém sem conhecimento da História, sem respeito pelo passado, sem noção de valores, os valores imprescindíveis que mantêm e sustentam o edifício nacional conformando sua História, que em sendo relato do passado é razão de futuro para nunca esquecer, como está inscrito em Versailles: " À toutes les gloires de la France."  E que maior glória pode haver que a conquista do auto-respeito por um povo que estabelece seus próprios Direitos, não só como seus, mas como os de toda a Humanidade?


(*) Veja o artigo intitulado Je suis France.

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