terça-feira, 1 de março de 2016

Iremos louvar quem merece ser louvado.





                                                                     Willian Sheakespeare , Strattford-upon- Avon 1564/ 1616.




Terá nascido em Abril , não se sabe o dia e falecido em 23 de Abril de 1616 e a partir de 23 de Fevereiro próximo, com dois meses de antecedência, começaremos por louvar essa personagem além de seu tempo, além de seu lugar, universal na expressão máxima do termo, porque nos toca à todos, dando forma ao que temos de mais íntimo e verdadeiro, traduzindo em palavras tudo aquilo que somos capazes de sentir, sem nunca perder o humor e harmonia, notas máximas de seu ser, luz que ilumina o tempo para lá do tempo, poeta, como não podia deixar de ser, mestre da palavra, mágico das situações, pontífice da narrativa, e mais que tudo um gozador das coisas e da vida na plenitude da acepção que apalavra gozo tem.


O poeta é o poeta
Que coisa mais indiscreta
Falar de seus sentimentos
Revelar a que é secreta
Emoção de seus momentos,
Propalar sua paixão

Poeta que é poeta
Define e interpreta,
Expõe o coração.


Quem com mais imensidade que ele terá revelado sentimentos intensos e profundos? Criados mais profusos mundos? Conhecido melhor a emoção?

Quem se afiguraria maior? Quem conseguiu dizer melhor? E já lá se vão 400 anos...

São exatamente esses quatro séculos que se irão comemorar no vinte e três de Abril próximo em que começamos a lembrar a partir desse final de Fevereiro, que esperamos seja alvissareiro, de acendrada emoção; William Shakespeare, o maior poeta inglês de sempre, que penso nunca será sequer igualado, porque transpôs nossas emoções com maestria, traduziu em palavras e atos, porque era também dramaturgo, e fazia a cena toda, derramava sua emoção para além das palavras, sendo mestre delas, com a exata temperatura, a perfeita situação, o vibrar incisivo, acertando direto ao coração.

Nesse Abril que vem no ano próximo contar-se-ão quatrocentos anos que ele nos deixou, e deixou suas maravilhosas palavras a encantar gerações sucessivas. Quem não sentiu-se um Romeu, apaixonado de sua Julieta? Quem não cogitou da podridão que o circundava como Hamlet? Quem não se sentiu traído como Lear? Quem não já se sentiu esconjurado como Macbeth? Quem nunca ouviu que fizessem muito barulho por nada?  Quem não viveu um sonho de uma noite de verão?

Todo o mundo tem de celebrar que esse homem tenha existido, só mesmo passando a ser adorado no XIX, demorou, esqueceram-se entretanto que o homem é o principal ator de seu drama, drama que traz na alma, e sem calma o vai realizar, e que esse drama tem numa determinada perspectiva também seu que de humor, todos temos de reverenciar quem expôs nossa alma, nossa dor e nossa incongruência com tanta força e  prontidão. Cantemos Shakespeare, louvemos sua passagem por esse mundo que terminou, como se sabe, e dele se sabe pouco, no 23/4/1616. 

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