sexta-feira, 2 de outubro de 2015

H2O - Primeiro de Outubro.





Foi ontem, e o movimento eleitoral me afastou de registrar o Dia Nacional da Água, que abre o ano hidrólogo nacional. Serve de pouco, é verdade, mas é sempre importante lembrar, visto que com o esquecimento, então, é que esse mais importante recurso natural fica entregue às moscas. Lembrando-se sempre se cria alguma consciência para evitar, o que ocorre com demasiada frequência, que se lancem dejetos para os córregos e rios, que se polua, como ocorre constantemente com os agentes mais tóxicos,  as fontes que nos fornecem água.

Muitas vezes esse local, seja uma lagoa, um riacho, um rio, qualquer tipo de ajuntamento de água, não é direta, ou visivelmente, fonte de abastecimento, mas sua existência no complexo hídrico faz com que debaixo da terra, onde está essa fonte de água, corra um rio subterrâneo, onde existe o lençol freático que alimenta outros locais, às vezes longínquos, estando tudo interligado, os que, em seu conjunto, mantêm a harmonia necessária ao sistema, conectando as diferentes manifestações hídricas, e estabelecendo o equilíbrio necessário ao sistema como um todo.

Cada vez mais essas pequeninas fontes se tornarão imprescindíveis, como alternativas de recurso, face a demanda dos mananciais aos mais volumosos, ou prioritários à coleta, porque a demanda aumentando vai haver cada vez mais pressão sobre o sistema. No dia vinte e nove de Agosto próximo passado escrevi uma crônica sobre o assunto intitulada Aí vem a Guerra da água, onde dou boa perspectiva do que se irá passar. Com o respeito e a preservação dos mananciais de todas as ordens, volumes e origens, teremos mais hipóteses de abrandar a violência da disputa desse bem imprescindível, gerando soluções locais, promovendo alternativas e descentralizações tão necessárias para solucionar tão grave problema que irá manifestar-se cada vez de forma mais grave e intensa.

Pois aproveitemos, já que é oficial, os primeiros de Outubro, e se falharem como eu, que seja o dois, o três, o onze, não importa, para lembrar e fazer lembrar o respeito que todos devemos a essa fonte de vida da qual carecemos todos os dias.  

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