sábado, 31 de outubro de 2015

Volta Lula!





Se eu tivesse escrito duas vezes a palavra volta no título, pareceria a música do Lupicínio imortalizada na interpretação da Gal, no entanto é exatamente o sentimento de não mais poder que denuncia a música de Lupicínio, que hoje afeta o Brasil. Sei bem a regularidade de Dilma, mas, infelizmente, falta-lhe o jogo de cintura de Lula, que conclamando seu eleitorado conseguia fazer frente os negocistas que ocupam as duas câmaras em número surpreendente, diminuindo desse modo o volume dos "necessários" subornos. Triste realidade dita de uma maneira até bem ligeira, porque a sujeira da verdade é muita mais forte e repugnante (Poderia ter dito ao invés de necessários subornos, subornos necessários, que em parecendo outra coisa, releiam o texto substituindo a expressão, repito que parecendo outra coisa, era a mesma imundice.) Até pra fazer o bem é necessário comprar, subornar, dar propinas, corromper. O grande problema é que corromper corrompe o corruptor também, vejam o PT.


Entretanto, após muitas dezenas de anos de desvio, o Brasil que finalmente acabava, com Lula, de ser eternamente o país da esperança, conseguiu ir-se  colocando em seu lugar, e seu lugar é de líder por ser quem é, por ser como é, e assumir esse lugar com gáudio, sem a situação eternamente miserável e controversa de suas duas facções se oporem e leva-lo para o buraco. Destarte chegou a ser a quinta economia do planeta. Caindo outra vez para sétima e à seguir para oitava, por não manter seus índices de desenvolvimento, ver-se-á condenado a descer, se interesses como os dos BBB, e as ambições pessoais, mais evidentes, ou mais mascaradas, subalternizarem o que os governos Lulas viram como saída, e aplicando-a elevaram o Brasil a um patamar nunca visto antes: a criação de uma classe média forte. Todos os outros caminhos farão o Brasil se perder! As duas pontas beligerantes, a das classes ricas querendo manter e aumentar seus privilégios por um lado, e as classes menos favorecidas querendo institucionalizar favorecimentos, levarão a uma rotura da corda que ambas puxam. Só o acordo no meio, onde os pobres ficam remediados, e onde os ricos ficam menos ricos, pode dar ao Brasil uma estabilidade social, a estabilidade mãe de todas as outras em política.

Alertava D. Dilma para isso no artigo intitulado: Aproveita Dilma, onde sugeria que usasse a força das ruas para vencer os obstáculos que surgiam imparáveis, não conseguiu, não teve a habilidade necessária. No artigo: O Brasil em recessão vai entrar em default, mostrava toda a inconveniência dessa situação de confronto progredir, mostrando que os interesses econômicos que mandam no mundo, adoravam ver o Brasil em recessão, escorrendo ladeira abaixo.  Porém bem antes, quando escrevi sobre os ciclos minoritários brasileiros, em agosto do ano passado, abordando a razão de toda essa desgraça, presente e passada, e futura se assim se mantiver, porque os ciclos econômicos favoráveis que se formam no Brasil têm todos menos de vinte e um anos, nunca completam 21 anos, a maioridade plena, e esse agora que já querem matar, querendo repetir o estigma, porque como foi elaborado permitiria uma maior durabilidade e resistência às maldades a que todos estão sujeitos, consagrando a situação, e, esse, que, entretanto, irá completar vinte anos parece não querer fugir à regra. Portanto para que esse ciclo se possa manter, e quebrarmos de uma vez por todas com essa maldição que nos aflige, grito bem alto: VOLTA LULA!  

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