No centenário de seu nascimento.
Quel ombre formidable!
"La douce aux yeux si tendres."
Ela não se arrepende de nada como quiz Vaucaire e Dumont. Ela repetirá que nem do mal que lhe fizeram, nem do bem, lhe é tudo igual: "Non, Rien de rien. Non Je ne retrete rien." Quem mais teria estatura para dizer isto assim? "Padam, padam." "Sous le ciel de Paris" quem terá voz mas expressiva? Quem dirá "Milord" "Mon dieu" com mais propriedade? Quem com os seus vibratos? Quem entoará um Hino ao amor como ela? Et "Les Amants d'un jour" seront les amants de toujours...
Feia, ou pelo menos não era bonita, soube seduzir tudo e todos, os amantes que quiz, os públicos que quiz, as audiências que quiz. Olhos esbugalhados para o mundo, que não escondiam sua enorme dor, essa dor que a fazia diferente de tudo e de todos, que a fazia única: Mademoiselle Gassion! Sua estatura, é sabida, é a dos gigantes, ainda que medida acusasse cento e quarenta e dois centímetros de pura enormidade.
Non, Rien de rien. "Sous le ciel de" seulement Madame!
"Mon manège a moi" a dizer ao amante "Ne me quitte pas" onde em seus braços queria ver a vida cor de rosa, não, não, pas la vie en rose, foi dura a vida que lhe coube, com a alma maior que a vida, de qualquer cor que fosse, soube retê-la e transforma-la a seu talante, vontade indômita Milord, Elle ne se quite pas, e nós podemos dizer: À quoi ça sert l'amour...
Oui Madame, Votre nom ne sera pas Gassion est ce que vous avez choisi, sim o que você escolheu, e que ficará para sempre, como sua interpretação do hino de seu país, quem cantará como vós La Marseilleuse? O pequeno pardal de França, gigante como a dor, como o remorso, como a vida... "Jamais cru.. Mais oui dansez Milord... Allez, chantez, Milord... Vous n'm'avez jamais vue Je ne suis qu'une fille du port Qu'une ombre de la rue... ...Mais ...vous pleurez, Milord?"... Oui vous pleurez... Que sombra formidável!
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