Símbolos da ecologia no planeta.
Os Bishnoi adoram a harmonia da Natureza, essa seita indu fundada no princípio do XVIII numa ação contra o corte das árvores, evocando Vishnu já que ele é responsável pela conservação do universo; na Índia essa comunidade não atinge concretamente o número setecentas mil pessoas, mas, graças à consciência ecológica, são muitas e muitas dezenas de milhões por todo mundo hoje, apesar de não se saberem Bishnoi, e lá se vão multiplicando, e prosperando num sentimento imprescindível para o futuro do planeta.
As mulheres Bishnoi chegam a dar o peito às gazelas que perderam a mãe e que são recolhidas e alimentadas até que, já maduras, passem a se alimentar sozinhas e possam ser devolvidas a sua savana original, salvando assim uma vida e mantendo o ciclo da Natureza em progressão, o que devia ser nossa primeira preocupação comum.
Hoje por todo o mundo as pessoas vão tomando consciência da necessidade dessa harmonia, por toda parte esse entendimento vai se espalhando e essa é a realização mais feliz de minha vida, porque quando comecei a difundir essa consciência há quase meio século atrás, éramos nada, e éramos ridicularizados por nossas ideias, nossas ações ocupavam um terço de uma coluna no final da oitava página dos jornais, isso quando eram publicadas, hoje ocupam duas páginas especializadas e são a quarta e a quinta páginas ou a quinta e a sexta, o que demonstra a importância que alcançou, uma enorme mudança, uma imensa evolução no ponto fulcral onde é preciso que evoluam: AS MENTALIDADES.
Quando iniciei a luta pela defesa do meio ambiente passavam-se já quase quarenta anos de que os ventos fortes que haviam jogado a areia das grande planícies do meio dos Estados Unidos em Nova York. Uma enorme distância desde as Great plains (Novo México, Texas, Oklahoma, Colorado, Kansas, Nebraska, Wyoming, Montana e as duas Dakotas) até NY, situada a milhares de quilômetros, na ponta da costa leste, tendo jogado areia e poeira em Chicago, Detroit e boa parte do Canadá, despertando consciências com esses 'dust bowls' da década de trinta, mostrando que tudo está ligado, e com esse despertar não foram só as ecológicas por toda parte, mas as consciências econômicas, mais cotadas e atuantes, que se levantaram, à conta dos enormes prejuízos econômicos suscitados.
O processo de aprendizado humano é lento e difícil, assim costuma ser com tudo, ou quase tudo, hoje, cinquenta anos depois, o sei, não que o fogo que consome minha alma se tenha abrandado, não, arde igualmente em voracidade e ímpeto, porém mais tolerante compreende perfeitamente que isso é um processo moroso, e o devemos aceitar como é, e esperar até que afinal sejamos todos Bishnoi.
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