Mais quatro bilhões vão à vida!
O Internacional do Funchal, esse o nome do BANIF, foi resolvido para ser vendido, é de qualquer maneira uma melhora, pois não andará como o BES, expurgado de sua parte má, ambos foram expurgados, a procurar comprador de vela na mão por tempo indeterminado. Os prejuízos mais um a quadra de milhares de milhões que vão custar às vítimas de sempre - os contribuintes portugueses - para se garantir que a mercadoria do banco, aquela que os fornecedores - diz-se nesse caso depositantes - puseram no banco, e lá não mais está, como as setas do centauro de seu símbolo, e que representam as perdas totais, e sempre segundo aquela regra abstrusa de que banco não pode falir, entra o dinheiro público para colmatar o buraco. Até quando?
Disse mercadoria porque assim como as leiterias negociavam leite, os talhos negociam carne e as imobiliárias imóveis, os bancos negociam dinheiro, e nessa convertibilidade do dinheiro sua perdição, faliram como as cartas do castelo de cartas caem ao mínimo sopro, como se um ar invisível que perpassasse a arrumação supostamente ordenada e ordeira do dito sistema bancário, o subvertesse, e o desmontasse como acontece a uma coisa sem a mínima consistência. Que é, devemos admitir, porque um após outro os bancos vêm desmoronando, com mais aparatosa queda ou não, um após outro caiu pelo mundo fora, e os que não caíram custaram enormes somas para que assim fosse, injeções astronômicas de dinheiro para evitar suas falências - e evitar o contágio - como se generalizou usar dizer, para supostamente evitar males maiores. Já cansei de dizer em diversos artigos que todo tipo de empresas pode falir, menos os bancos. Expliquem me lá porque?
Todas as atividades comerciais estão expostas, os bancos são os únicos que contam com a prevenção por parte de mercados regulados, com fiscais atentos, ou presumivelmente atentos, em diversos níveis e para diferentes aspectos de sua atividade, sendo a mais vigiada de todas as atividades que existem, o que não impede que aconteça o que vem acontecendo com os bancos. O que nos leva a questionar a atuação da regulação que é no mínimo ineficiente. E o que costumamos fazer às coisas ineficientes?
Haverá os lesados do BANIF, como os há do BES? Logo se verá. O que há de certeza é a mesma incompetência do Banco de Portugal que visivelmente não serve como regulador do sistema, e acresce que seu governador que já deveria ter se dado conta de sua impotência, se não sua incompetência em revelar essa impossibilidade patente. O governo PSD/CDS mais incompetente ainda por nada ter feito deixando que a situação atingisse ponto crítico, varrendo literalmente para baixo do tapete a sujeira que lhe competia faxinar, a única coisa que fez foi premiar o governador, esse grande bucéfalo, com sua recondução. Tudo isso mete nojo! Porém esse é o hábito do líder do PSD, ex primeiro ministro:
Premiar a incompetência.
Se não vejamos se não é assim como destaca este subtítulo:
1- Paula Teixeira da Cruz - Citius, Reforma do judiciário, alterações legislativa e administrativas, etc.
2- Nuno Crato - Avaliações dos professores, inícios dos anos escolares, manutenção das escolas, etc.
3- Victor Gaspar - Aumento da dívida, não fazer reformas, não pôr a funcionar o Banco de Fomento.
4- Aguiar Branco - Os submarinos, ter vendido ao desbarato os estaleiros de Viana do Castelo, etc...
5- Paulo Portas - Os vistos Gold, a reforma do Estado que nunca realizou, os submarinos etc...
6- Miguel Macedo - Os vistos Gold, o descontrole das polícias, alegado envolvimento em corrupção..
7- Poiares Maduro - A RTP que ficou por organizar, a reforma das autarquias herdadas do Relvas, etc
8- Jorge Barreto Xavier - Museu do Coches, Caso Miró, falta de segurança nos museus, etc...
Ou seja, praticamente todos os ministros foram mantidos apesar de sua reconhecida incompetência, e apesar do repúdio e protesto geral, mostrando e demonstrando a teimosa incompetência do dr. Passos Coelho e sua inclinação para ultrapassar as barreiras do admissível, o caso do dr. Carlos Costa no governo do Banco de Portugal é apenas mais um, de uma lista bem grande da qual enumerei apenas os oito casos mais emblemáticos, e que resultaram nesse descalabro a que o pobre Portugal chegou.
Um país pequeno que não tem espaço para tanta incompetência.
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