terça-feira, 5 de maio de 2015

Pacheco Pereira Pinkfloydiano.








                                                                                                         "We don't need no thought control."





Reiteradamente esta sensibilidade profunda que atende pelo nome de José Álvaro Machado Pacheco Pereira tem se referido ao muro, este muro invisível que nos rodeia e nos restringe, esta condição constringente a que estamos sujeitos por forças supervenientes que nos cercam e obrigam-nos a seus ditames. Percebendo a situação de supressão de liberdade em que fomos lançados, o Dr. Pacheco Pereira contra tudo e contra todos, tão somente alicerçado em suas convicções pessoais, vem esgrimindo esta situação, sempre na esperança de uma liderança consciente que tenha como primeiro e fulcral objetivo repor a liberdade cerceada, porque entende que todas as restrições à condição de liberdade e cidadania são mutilações feitas a democracia, e os seus conhecimentos de história amalgamados no cadinho da experiência de combate, portanto da realidade, da ditadura, compreende que qualquer restrição democrática, por pequena que seja, é perigosa.

E onde mora o perigo? A resposta é só uma: No muro! Sim o muro que se não cuidarmos se constrói rapidamente. A condição de cidadania da qual se fez guardião é sempre atacada de forma insidiosa, e quantas coisas saberá o Dr. Pacheco Pereira que não nos pode contar...  Porém isso não o exime de, na medida de suas possibilidades, opor-se, contrapor-se, lutar para que as coisas não evoluam nesta direção, e faz sua profissão de fé em todos os espaços que lhe são possíveis, esgrimindo com sua melhor espada, a palavra, escrita, dita, insinuada, toda e qualquer manifestação fascista, sim pois que todo o autoritarismo é fascista.

« All in all it's jus another brick in the wall."

Sem negros sarcasmos nas classes de aula, deixem as pessoas em paz, e nesta paz a liberdade de elas serem elas mesmas, sem que o tempo vá queimando gerações de gente cerceada como na visão medieval de muralhas, onde havia o espaço bom e protegido do intra-muro e o perigo exterior de que este muro supostamente nos livrava, porém como viver é correr riscos, o muro é antes de tudo um bloqueio, um impedimento. Liberdade, liberdade....

Homens como o Dr. Pacheco Pereira certamente não são estimáveis, e não seriam eleitos Primeiro Ministros, ou Presidentes, porque como lembrava Sócrates, e Platão nos deixou escrito, " a sinceridade mata."

Como as pessoas gostam de preferencialmente serem enganadas com cantigas melodiosas, que as façam crer na necessidade do muro, que é o que nos protege, nos restringe até a visão da paisagem, é verdade, mas é necessário, todos os que são contra aos modelos amuralhados que há por toda parte, e os que a isto se opõem, rapidamente se tornam 'personas não gratas' em toda parte, porque todos os dias se colocam tijolos, e são malditos os que os querem derubar.

Talvez por isto reiteradamente lembra-se Pacheco Pereira, velando para que estes não se construam, de muros e tijolos, estes que conota com a realidade, a realidade opressora, pelo seu peso irredutível, pela sua condição massiva, pela presença esmagadora do muro invisível, muro que se tem de derrubar, principal alvo a abater para que não sejamos um outro tijolo na muralha.






















Sem comentários:

Enviar um comentário