Não os do Zodíaco, mas aqueles que marcam nosso dia a dia com sua importante condição de presença. Estamos cercados por signos, símbolos que registram sentimentos e intenções, e que falam ao nosso imaginário numa linguagem mais forte que a falada, ainda que essa também tenha seus símbolos, mas estes a que me refiro primeiramente, pela força de sua presença, bastando sua visão, impõem sensações abruptas e, às vezes, díspares, que se traduzem como chamadas à nossa imaginação, sendo tão mais poderosos quanto mais intensa for sua significação, formando o que chamamos simbologia, podendo ser dito que quão mais forte for sua presença na simbologia, mais poderoso o símbolo, que representa, pela carga dramática que carrega consigo, pelo significante, muito mais do que se vê a princípio. Assim, por exemplo, dentre as muitas e representativas cruzes que há, a mais simbólica hoje é a gamada, a suástica, por toda carga de drama negativo que carrega, como foi a vermelha cruz de cristo das caravelas bem conhecidas no alvorecer do XVI.
Os signos determinam com sua imagem toda uma ideia, toda uma forma de estar, toda uma filosofia, ou todo um modo de vida que representam. Assim basta vermos uma cruz com o eixo vertical maior que o horizontal na lapela de um casaco, para sabermos que seu usuário é clérigo, ou a cruz grega avermelhada para sabermos ser um membro da Cruz Vermelha Internacional.
Não as notas da música, que são os signos dos diferentes sons, como foram designados originalmente, signos estes que por fim chegaram a representar toda uma linguagem, a da música escrita, sendo a escrita da música propriamente. Assim como os signos linguísticos cujo significado implica o significante, porque as letras são, como as notas musicais, símbolos de sons. Aquilo que é tomado no lugar de outra coisa, por mais artificial ou estranho que seja, e suas relações, também, por mais arbitrárias que sejam, trazem esta comunhão de inclusão do significante no significado.
Sim estes signos que a sociedade vai criando, com o tempo vão assumindo uma presença de definição que sua marca, não só sua representação, expressa a totalidade da ideia que os gerou, passando a representar mesmo esta ideia, ou, mais forte ainda, passando a consubstanciar mais do que só a ideia que representa, mas também todas as manifestações desta ideia. A força de um símbolo pode abarcar tantas significações para além da sua própria, da que foi seu sinal originário, de tal ordem que torna-se em outra coisa, ganhando outra dimensão, a dimensão do impossível incluída, tornando reais tantas manifestações que só eram pressentidas, ou que só existiam no desejo, ou na percepção longínqua.
Sendo assim, hoje, compreender o mundo requer outras linguagens! Tudo o que nos bastava ao entendimento, como o conhecimento das palavras (outros símbolos decifráveis) o ter noção das expressões idiomáticas, o conhecimento das usanças e preferencias de grupos, localidades, países e entidades, hoje não basta. Há uma infinidade de símbolos novos que se mostram a cada dia, como siglas, expressões de outros idiomas, usos de diversos círculos restritos, que necessitam ser conhecidos para a boa compreensão das ações destes círculos que afetam a todos nós, jargões, números, proporções, percentuais, valores e relações, que são imprescindíveis para a interpretação do mundo que nos rodeia, não bastando mais as palavras e as expressões, requerendo uma rede sofisticada de signos, cuja tradução elaborada, sem nenhuma facilidade intuitiva, sem nenhuma naturalidade, como a dos signos originais, mas com uma complexidade crescente, que a perda de alguns signos num dado período de tempo, pode fazer falhar a compreensão do signo, ou signos, que se criaram ou estabeleceram a partir da base sinalética anteriormente existente.
Quantas pessoas vêm um noticiário sem compreender as informações que são passadas por falta de conhecimento simbólico, ainda que tenha compreendido todas as palavras utilizadas na notícia. A compreensão da realidade envolvente exige todo um conhecimento que vai muito para além das palavras, exige conhecimento de signos que são indispensáveis ao entendimento do mundo, entendimento que passa ao largo da maioria das pessoas, excluindo-as.
Este o grande perigo do nosso tempo, porque deixa espaço de decisão só aos que são capazes de decifrar os signos que se apresentam, excluindo a imensa maioria das pessoas que não são capazes da decifração. Podemos dizer que voltamos aos tempos do antigo Egito, onde só quem conhecia os hieróglifos contavam naquela sociedade.
Os signos determinam com sua imagem toda uma ideia, toda uma forma de estar, toda uma filosofia, ou todo um modo de vida que representam. Assim basta vermos uma cruz com o eixo vertical maior que o horizontal na lapela de um casaco, para sabermos que seu usuário é clérigo, ou a cruz grega avermelhada para sabermos ser um membro da Cruz Vermelha Internacional.
Não as notas da música, que são os signos dos diferentes sons, como foram designados originalmente, signos estes que por fim chegaram a representar toda uma linguagem, a da música escrita, sendo a escrita da música propriamente. Assim como os signos linguísticos cujo significado implica o significante, porque as letras são, como as notas musicais, símbolos de sons. Aquilo que é tomado no lugar de outra coisa, por mais artificial ou estranho que seja, e suas relações, também, por mais arbitrárias que sejam, trazem esta comunhão de inclusão do significante no significado.
Sim estes signos que a sociedade vai criando, com o tempo vão assumindo uma presença de definição que sua marca, não só sua representação, expressa a totalidade da ideia que os gerou, passando a representar mesmo esta ideia, ou, mais forte ainda, passando a consubstanciar mais do que só a ideia que representa, mas também todas as manifestações desta ideia. A força de um símbolo pode abarcar tantas significações para além da sua própria, da que foi seu sinal originário, de tal ordem que torna-se em outra coisa, ganhando outra dimensão, a dimensão do impossível incluída, tornando reais tantas manifestações que só eram pressentidas, ou que só existiam no desejo, ou na percepção longínqua.
Sendo assim, hoje, compreender o mundo requer outras linguagens! Tudo o que nos bastava ao entendimento, como o conhecimento das palavras (outros símbolos decifráveis) o ter noção das expressões idiomáticas, o conhecimento das usanças e preferencias de grupos, localidades, países e entidades, hoje não basta. Há uma infinidade de símbolos novos que se mostram a cada dia, como siglas, expressões de outros idiomas, usos de diversos círculos restritos, que necessitam ser conhecidos para a boa compreensão das ações destes círculos que afetam a todos nós, jargões, números, proporções, percentuais, valores e relações, que são imprescindíveis para a interpretação do mundo que nos rodeia, não bastando mais as palavras e as expressões, requerendo uma rede sofisticada de signos, cuja tradução elaborada, sem nenhuma facilidade intuitiva, sem nenhuma naturalidade, como a dos signos originais, mas com uma complexidade crescente, que a perda de alguns signos num dado período de tempo, pode fazer falhar a compreensão do signo, ou signos, que se criaram ou estabeleceram a partir da base sinalética anteriormente existente.
Quantas pessoas vêm um noticiário sem compreender as informações que são passadas por falta de conhecimento simbólico, ainda que tenha compreendido todas as palavras utilizadas na notícia. A compreensão da realidade envolvente exige todo um conhecimento que vai muito para além das palavras, exige conhecimento de signos que são indispensáveis ao entendimento do mundo, entendimento que passa ao largo da maioria das pessoas, excluindo-as.
Este o grande perigo do nosso tempo, porque deixa espaço de decisão só aos que são capazes de decifrar os signos que se apresentam, excluindo a imensa maioria das pessoas que não são capazes da decifração. Podemos dizer que voltamos aos tempos do antigo Egito, onde só quem conhecia os hieróglifos contavam naquela sociedade.
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