quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A grande surpresa eleitoral portuguêsa, para se ler no dia de hoje.






Faz pouco mais de três meses, mas pouca gente leu, das quantas gostaria eu que lessem, as previsões que fiz para as eleições que se irão realizar em três semanas, e passado esse tempo, e na iminência das eleições, vejo se confirmarem minhas ideias, no dia cinco do mês vindouro veremos se se confirmam minhas previsões, leiam, ou releiam, a crônica:


   

 








Numa noite lá pros dias de Outubro vai haver uma enorme surpresa. Após as urnas falarem sejam com 40, 50 ou 73 por cento dos votantes, vai mudar a correlação de forças em Portugal. Aqueles três quartos dos votos que ficavam distribuídos entre os partidos ditos do arco da governação, três dos cinco partidos com representatividade parlamentar, entendendo a CDU como um único partido, não vão mais ter esta distribuição. Portugal vai mudar. 

Os partidos passarão a ser oito ou nove e não cinco como hoje, e a repartição dos votos se fará à três terços aproximadamente. Por força do medo e da inércia, além de seu eleitorado tradicional, um terço ficará com a direita, PSD/CDS, outro terço será do centro esquerda, PS, e o outro terço irá ser distribuído entre vários 'pequenos' partidos qe além da CDU e do Bloco, não podemos nesta eleição incluir o CDS-PP entre os pequenos, seu lugar costumeiro, por que irá coligado, mas veremos o que se vai passar com isto mais adiante, quando após as eleições o PP se separar do PSD, e sair com uma suposta votação que responderá por um número de deputados que terá, mas que não mais representa sua expressão eleitoral, e que, creio, nunca mais se repetirá, voltando a ser o partido do taxi, ou quem sabe mais propriamente o partido da motocicleta futuramente.

Menosprezando, ou desconsiderando a inteligência popular, individual e coletivamente, inclusive a análise das pesquisas o fazem, as opiniões correntes prolatam possibilidades inexistentes, que coerentemente esperam que se venham a verificar, licita esperança de suas pretensões, porém a surpresa guardada é que, para além dos crédulos, dos que se deixam enganar, dos que por convicção são conservadores, e dos que esperam apenas por modestas mudanças, haverá um alto percentual  expressivo de vanguarda, que, apesar de ter um dilatado número, nunca se manifestou tanto quanto se manifestará nessas eleições, tendo tido sempre preferência pelo alheamento, porém hora chega em que toma decisão extrema, em que decide de maneira totalmente inesperada, e toma novo e diferente rumo, que causará surpresa dentro da lógica tradicional dos fatos. Não como os gregos que o fizeram por desespero, não aqui será inesperado, não desesperado. Este Outubro de 2015, como se verá, será de surpresas em Portugal.

Como sabem estou pondo minha credibilidade no prato, porque estou, mais uma vez, fazendo previsões, dando meu testemunho do que irá acontecer, o que obriga-me a ter uma capacidade de análise, e intuição, fortes, que se não se verificarem com aproximação essas previsões, fico desmoralizado. Correndo esse risco conscientemente para querer demonstrar que as coisas têm lógica própria e que o povo não é bobo, e que saberá fazer suas escolhas apesar do clima de medo e de insegurança geral.

Serão quatro meses para o verificarmos, e, é claro, em minhas contas entram todas as mentiras, todos os enganos, todos os falsos acenos, todas as fábulas, todas invenções que serão ditas e propaladas para angariar o voto de cidadãos já quase desorientados, de quanta degeneração e falsidade à qual vão estar expostos, mas tendo tudo isto em conta, mais as personalidades envolvidas, Antônio Costa vai ser arrasado pela boa dialética de Passos Coelho no debate, por exemplo, a situação da Grécia vai pesar muito nas dúvidas e ansiedades de todos, o prisioneiro de Beja em qualquer situação influencia, a situação de aparente estabilidade da economia se materá ou não? Nunca houve eleições com tantas influências alienígenas, ficando cada vez mais distantes daquilo que verdadeiramente é importante no debate eleitoral: As propostas políticas credíveis e possíveis na atual conjuntura.

Tudo manipulado, tudo dependente de incertezas, guardo comigo uma certeza: O Povo não é tonto!

Quem viver verá!




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