domingo, 13 de setembro de 2015

Rosh Hashaná.






29 Elul 5775, é hoje, o dia da lembrança, não devemos esquecer que estamos diante de Deus, e ao nos apresentarmos desejemos que seja grande a sua misericórdia, é Yon Hazikaron, conta-se o tempo, cada vez mais longo, por isso o fardo é cada vez mais pesado, muitos ainda não entenderam que caminhar na estrada da vida é acumular pedras se não as depositamos nos montes ao longo do caminho, temos de vencer o tempo e o caminho, e essa vitória só é possível na misericórdia de Javé, só nos livramos do enorme peso pela misericórdia, se encontrarmos os montes onde deixar as pedras,  e só alcançamos a misericórdia se formos por nossa parte misericordiosos. Quem entra no jogo, sabe que só com o coração limpo pode jogar, que só um sentimento verdadeiro permitirá inspirar um verdadeiro sentimento, portanto não existe esperança fora da verdade.

Quando se começou a contar esse tempo, sempre um tempo de esperança, começou a grande caminhada em direção à misericórdia, e quanto mais nos aproximávamos, mais nos distanciávamos, porque ir em direção a uma determinada coisa, é ir assumindo posição em relação a essa coisa, é se ir transformando naquilo que é necessário e expectável para atuar quando lá chegarmos. Porém quando caminhamos em direção de um ponto que nunca alcançaremos, estamos numa ação progressiva, na qual estaremos sempre nos adaptando a essa proximidade, e se há algo que o judaísmo nos ensina é essa permanente transformação, porque a vida é assim - mutatis mutandis - uma transformação permanente que devemos procurar entender. 


É Yon Teruá (Levítico 23:24) apanhem os kerens dos mais lindos carneiros, toquen o shofar, anunciem com força o novo tempo, e que o tempo novo traga transformação em nós, trazendo-nos a  mudança mister para que, já mais próximos, nos tenhamos tornado verdadeiramente mais próximos. 
  
À todos bom Rosh Hashaná !

Guardemos uma profunda introspecção e conquistemos mais entendimento, logo será Yon Kipur.

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