Sombras longas, sombras
outonais
De fim de tarde
Quando elas se alongam mais
E sem alarde
Nos restos do meu coração sem
umbrais
Então guardam
Toda a extensão dos meus ais
Que ainda ardam
Com meus sonhos, ademais
Extensão que se resguarda
Na influência de outros males
viscerais
E que mesmo assim nunca tarda,
E, junto com essas sombras,
me ensombra mais.
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